ViniciuS - [blog]: 2010


AVISO:

Os links: MySpace, Orkut 1, Fotos e alguns internos ao blog encontram-se indisponíveis, devido às mudanças no layout e estrutura do blog. Muito em breve novidades ;)

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

->AVISO: MUDEI PARA www.viniciusgerico.blogspot.com

Aviso aos navegantes, o blog mudou de endereço. Agora estou no: http://www.viniciusgerico.blogspot.com/ não deixem de ler e comentar.
Obrigado!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

-> Qual seria o maior medo?

Olá amigos,

Bom, demorei para postar porque de fato me aconteceram probleminhas simpáticos, (que muito provavelmente vocês perceberão quando eu postar o próximo post) risos, mas agora estou aqui. Mas e vocês? Tudo bem? Espero que sim. Bom, tenho trabalhado muito no novo layout do blog e ele esta praticamente pronto. Falta só uma coisa. Breve vocês poderão ver, aliás, algumas pessoas já viram e gostaram muito. Enfim, até breve e quem sabe já no novo layout.

# Qual seria o maior medo?

Em uma manhã corriqueira, cheia de coisas para fazer, decidi resolver problemas no banco. Sempre fui impaciente e odeio esperar. Porém como o problema era aparentemente simples, imaginei que não perderia muito tempo.
Lá estava às 10 da manhã. Preocupado com o tempo que poderia perder, fui direto e objetivo ao chegar à agência. Para minha decepção, o atendimento demorou e muito. Mas o fato curioso a isto, e produtivo enquanto objeto para reflexão, é que nunca antes havia entrado em uma agência, ou outro lugar que já estive, tantos idosos com problemas de saúde, e alguns até graves. Vi uma cena que me deixou impressionado e pensativo. Na verdade, há dias em quanto voltava para casa comecei a imaginar as pessoas, adultas ou idosas, como elas eram crianças. Em meio a essa minha loucura de desenhar os rostos das pessoas mais jovens, imaginei o que realmente importa e o que realmente queremos ao ficar mais velhos. Do que realmente temos medo?
Me veio a cabeça o questionamento de que se as pessoas teriam mais medo das limitações físicas da velhice, ou da solidão. E volto à cena do banco, quando duas mulheres, que aparentavam ter uns 40 a 50 anos, assistiam um senhor de idade - talvez marido de algumas delas, ou talvez, irmão, ou pai, quem sabe - o que me chamou a atenção fora à expressão nos rostos das senhoras e da debilidade do senhor. Elas pareciam possuir toda a energia do mundo. A vivacidade delas ao carregá-lo, aparentava ser mais forte do que a de uma jovem do meu lado. Voltei a minha louca mania de imaginar as pessoas mais novas, e imaginei como seria aquele senhor de idade. Paralelo a isto fiquei a imaginar o uso da energia dele de quando era mais jovem. Talvez muito vivo, corria e descia ladeiras imensas, passava por casas e cumprimentava os vizinhos, e quem sabe cavalgava nos finais de semana, acho que na época dele ainda era uma hábito.
Quem sabe isso tivesse me angustiado um pouco, por várias vezes ver pessoas jovens, dizendo estar cansado e não possuir energia; e ao encontrar em uma senhora tanta energia, foi realmente um fenômeno admirável. E voltando a questão dos medos de se ficar mais velho, veio a questão da solidão. Teríamos medo das limitações físicas ou da solidão? Penso que da solidão. Imagine estar no lugar daquele senhor, debilitado, como estava sozinho. E os efeitos físicos que transformam 20 anos em 20 pseudo dias? Em 20 anos estudei, entrei na faculdade, namorei, conheci pessoas, me diverti com amigos. E em 20 anos para um senhor de idade com sérias limitações de saúde, pareceriam 20 pseudo dias, porque neste tempo, apesar de longo para ele, aos outros pareceria 20 dias por talvez ele não puder fazer mais nada além de ter de ficar em casa. Isso parece angustiante para quem vive nessa situação e pra mim, visto que, eu veria a vida passar, e não estaria vivendo-a. Visitas chegariam hoje, e daqui há 20 anos, voltariam repletas de novidades, e ao senhor, apenas no mesmo estado debilitado, ou pior. Por isso os 20 pseudos dias. Pela distinção do tempo usado por um e por outro.
Realmente fiquei a pensar no que faço da minha energia e das minhas queixas. E percebi que esta angústia de solidão acompanha todos os seres humanos, visto que queremos tudo, menos ficar sozinhos para sempre. Não por causa de ter alguém para ajudar nas restrições físicas, mas sim, na própria questão de relacionar-se e interagir. Pensei, pensei e pensei. 20 anos ou 20 pseudo dias? O que causará mais pânico se não o tempo consumido pela solidão? Qual seria o maior medo?

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Beijos e abraços e até a próxima!



segunda-feira, 31 de maio de 2010

-> O tempo dentro de outro...

Olá amigos!

       Já faz um tempinho desde o meu último post. E ufa! Quantas coisas aconteceram. Fui obrigado a tirar férias da internet, e como se não bastasse muito, acabei por atrasar o layout do blog, já desenhado. Enfim, espero que estejam todos bem, e muito em breve postarei novamente. Dêem um desconto com o tamanho do post, ta? Lembrem-se que eu passei duas semanas sem postar. risos.


# O tempo dentro de outro...


       Se você pudesse voltar àquela foto antiga, você sorriria daquela mesma forma? Certamente não. Muitas coisas já aconteceram. Você percebe os detalhes, relembra coisas do passado, que até então se comportava de maneira silenciosa. É compreensível perder-se observando um pouco de tudo, para finalmente perceber que o tempo passou e que há coisas que já não existem.
       Viajando através de um objeto antigo, viajando através de um álbum de fotos. Comece pelo palpável e termine com o abstrato. Veja objetos e utilize-os como combustível; nade sem parar até que consiga chegar a areia para encontrar a si mesmo.
       Onde andará aquele brinquedo, aquele enfeite na estante, aquele porta-canetas? Alguns ainda existem, outros foram dados para outras pessoas e nem se quer é possível imaginar se ainda existem. Alguns já desapareceram faz tempo, você pode ter jogado fora sem perceber, mas ao ver ali naquela foto, é quase que imediata a vontade de tocar naquilo de novo imaginando ter aquela sensação de que algo bom ou marcante aconteceu.
        Mas e você? É assustador e ao mesmo tempo gostoso, perceber que amadurecemos e envelhecemos.
        Olho para aquela foto, vejo alguém que não sou mais, vejo alguém que ajudou a construir o que sou hoje, e que paradoxalmente se mantém vivo em algum lugar. Lembra da época em que achávamos que as cadeiras e sofás eram carros? Lembra da época em que a vassoura era um bravo cavalo? E do nosso mundo de faz de conta que sou grande? Aquele sorriso, aquela brisa durante a tarde de sol. Àquelas festas de aniversário, àqueles doces tão irresistíveis. Eu já fui famoso, já fui empresário, já fui muito rico, já fui um cantor famoso, já apresentei programas, já entrevistei muita gente, talvez eu tenha entrevistado mais pessoas do que a Oprah. Eu um dia fui uma criança e em uma época da vida, enquanto ainda era, fiz questão de dizer: eu já não sou uma criança.
      Lembra da época em que falávamos sozinhos, que imaginávamos os nossos eternos amores, e de quando andávamos de bicicleta pelas ruas, que pareciam extensas e exploráveis? Lembra da época em que tomávamos sorvete e corríamos para água do mar de novo? Não perdíamos nada, parecíamos peixes naqueles verões. Lembra da época do primeiro beijo, do frio na barriga do primeiro dia de aula, do primeiro de dente de leite que caiu, do sorriso que o seu primeiro amor te deu? Onde andará aqueles brinquedos que um me acompanharam por um tempo? Onde andará os amigos de escola que constantemente trocavamos palavras; ora por bilhetinhos, ora oralmente, de que nossa amizade seria para sempre? Hoje eles estão pelo mundo. E alguns deles já nem lembro direito e sei que muitos podem não lembrar de mim.
       Lembra dos seus olhos no seu último dia de aula? Lembra de quando você prometeu ligar sempre para os amigos daquela época? Sonhos e mais sonhos, eles apesar de parecerem eternos, mudam. Mudam assim como o seu corpo. Sem que você perceba, sem se dar conta de que o mundo esta girando e cada vez mais se estar vivendo. A mudança é lenta ou talvez muito rápida. Todos os dias se modificando e até que alguém que não víamos há muito tempo possa reafirmar que mudamos.
       Lembra da época em que as férias do colégio eram mais do que bem vindas? Lembra da época das viagens com a família, com os amigos, com a escola? Àquelas roupas daquelas fotos não te servem mais, mas só você sabe o que viveu com ela. Aliás, onde andará aquelas roupas? E quando se fala em internet? Lembra dos primeiros amigos adicionados no seu e-mail?
       Transformações. Vivemos em constantes transformações. Seria cabível sentir uma leve lembrança da época em que brincávamos e sentíamos o cheiro de comida pronta? Os presentes de Natal, o cheirinho de novo da capa dos livros e dos presentes embalados, as roupas vestidas em cada virada de ano, o que desejávamos nos vestindo daquela forma?
       Procuro saber onde esta muita coisa. Procuro relembrar daqueles objetos escondidos e ao mesmo tempo explícitos nas fotos antigas. Não que eu seja nostálgico e não que eu esteja infeliz hoje. Muito pelo contrário, relembrar as coisas que se comportam de maneira silenciosa é mais do que proveitoso para compreender o que sou e o que serei.
       Lembrei de muitas coisas e até me assustei com tamanhas mudanças. Todavia, isso é mais do que normal, eu cresci. E por mais que hoje eu relembre desses fatos com nostalgia, amanhã relembrarei deste momento em que relembrei. Estou crescendo. Estou percebendo as ruas mudando de cor a cada estação. E sem me dar conta, percebo as mudanças em meu corpo.
        Um dia eu posso estar aqui novamente, de frente para um computador muito mais moderno, repetindo ações antigas que completam o meu eu. E o porquê disso tudo é mais simples do que parece: porque estou crescendo.

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Beijos e abraços e até a próxima.



domingo, 16 de maio de 2010

-> Endividado sem dívidas...

Olá amigos

Como estão? Ah eu não sei como estou. Só sei que ando pensativo demais. Ora distante, ora presente, sinto falta de umas coisas e gostaria de esquecer e eliminar outras. Mas enfim, são coisas da vida. O layout do blog mais uma vez atrasou, ando sem tempo pra terminá-lo, na verdade, eu resolvi mudar o que estava quase pronto. Mas posso dizer uma coisa: o blog vai passar por grandes mudanças. Bom, é isso, postarei novamente durante a semana, tive uma idéia de post muito interessante e estou ansioso pra terminar de escrever ele.


# Endividado sem dívidas...


No banco da praça, com um classificador branco debaixo do braço, ele olhara o movimento. Passou o dia inteiro caminhando de agência em agência atrás de um novo empréstimo. Ele já não sabia mais para quem recorrer. Seu nome já estava na lista dos devedores e dentro do seu classificador só havia recibos e mais recibos cobrando as tais dívidas.
Endividado até o teto. Ele já havia perdido absolutamente todo o crédito na praça, seus olhos diziam que o melhor a fazer seria desistir. A dívida era alta demais, e para efetuar o pagamento seria preciso um esforço muito grande. Abriu sua carteira e viu seus cartões e cheques, todos impossibilitados para uso.
A sua esperança estava em saldo negativo, ele já não podia mais ir ao banco atrás da esperança, seu saldo negativo o impedira, ele já não podia pedir as pessoas, visto que, o seu nome estava mal falado. Um homem devendo esperanças e sem esperanças, como ele pode continuar a caminhar?
No fundo eu o admiro, porque se ele continua a caminhar é sinal de que ele não é tão pobre de esperanças como imagina ser. Acontece que às vezes a vida dá tantas rasteiras, que o saldo por vezes fica negativo, é altamente compreensível. A praça começara a se movimentar, e ao lado aparece alguém que oferece nada além do que um abraço. No mesmo instante ele pergunta: por que me deu um abraço, eu não conheço você, e nem tenho mais credibilidade para receber. Eu sei de tudo isso e por isso resolvi ajudar, quem sabe não chegou à hora de você trabalhar para ter a paz que tanto procura? Acredite: não há ninguém com mais esperanças do que você. Você esta endividado porque ainda não soube demonstrar mais a esperança que carrega. Ela existe ai dentro de você e age o tempo inteiro. Caso contrário, o que explicaria você estar aqui, debaixo desse sol atrás de mais esperanças? Você vive dela e nem percebe. Você não tem dívidas, você só não esta sabendo como utilizar a riqueza que tem.



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Beijos e abraços e até a próxima.
 
 

terça-feira, 4 de maio de 2010

-> Lembrança


Estes dias foram realmente nostálgicos. Uma lembrança inesperada e saudosa de um tempo e de uma vida não necessariamente real. Lembrei de você.
Por alguns minutos deitei um pouco e fiquei olhando para o teto. Mesmo depois de absolutamente tudo, eu lembrei do que senti por você. E ainda que eu tivesse achado e tivesse a certeza de que todos os sentimentos se evacuaram, e que você não representa mais nada em minha vida, ainda sim, lembrei.
Num surto de nostalgia e romantismo, pensei nas possibilidades, nas coisas que poderíamos fazer. Estranhamente senti um carinho por você. Não que tudo estivesse recomeçando, mas eu senti uma leve vontade de te conhecer melhor. Talvez para sentir o seu abraço, receber um sorriso e ouvir o timbre da sua voz mais próximo a mim. Mas nada tão forte, nada tão nas nuvens. Depois de muito ter voado, seria entediante começar a caminhar pela mesma estrada, seguindo o mesmo destino e sozinho.
Realmente tentei entender o porquê desta lembrança repentina, como se fosse possível descobrir a resposta. Porém, me senti bem. Não senti tremores e aversão, apenas me senti nostálgico. Talvez eu tenha aprendido a ser indiferente. Talvez você só seja uma lembrança de um passado longínquo. A sua imagem, embora apagada, esta visível para mim, entretanto, ao ver você eu não sinto absolutamente nada. E qualquer movimento que eu faça, qualquer tempo que nos segregue, apagará de vez esta tênue lembrança.
Tudo bem, tudo bem. Nunca estive tão bem. Foi apenas uma lembrança, como acordar durante a noite para pensar um pouco no último sonho. Talvez sem uma semântica clara, talvez por ver um céu nublado frente aos sentimentos. Enfim, lembrei e descobri que aquele sentimento que achei existir, se perdeu no meio de idas e vindas a ponto de torna-se uma poeira levada pelo vento, perdido no mundo e fora de mim.



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Beijos e abraços, Vi.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

-> O que vivemos?

Olá amigos;

Apesar do tamanho, acho que vale a pena ler para pensar depois...


# O que vivemos?     
    

           O mundo não pára. O tempo não congela. A hodierna forma de viver neste mundo inquieto, nutre em nós uma sensação de que precisamos estar em movimento e efetivamente gastando vida. Precisamos acreditar que cada segundo vivido faz sentido. Precisamos acreditar que tudo que nos chega será imprescindivelmente absorvido. Mergulhamos neste contexto onde buscamos abarcar tudo e acabamos conseguindo de fato, muito pouco.
          O dia possui 24 horas, mas quantas coisas precisamos fazer nelas? 24 horas são ínfimas perto de um universo de coisas a fazer, certo? Precisamos estar lendo tudo, conectados ao mundo, precisamos estar ouvindo novas músicas, ou redescobrindo antigas, precisamos viver o lado pessoal, precisamos nos relacionar com várias pessoas - ou pelo menos nos relacionar - precisamos estar perfeitos, excluídos o máximo possível de qualquer falha, sempre esbeltos e atraentes, sempre tão vivos, precisamos acreditar que estamos vivendo e que nossa vida é atraente e que somos felizes a todo o custo. Será que sobraria tempo para ser humano? As necessidades biológicas, embora indispensáveis, são meros detalhes perto das outras coisas a fazer. E o plano sentimental, como será que ele se move dentro deste sistema?
           Alimentamos a idéia de termos muito. Quanto mais sucesso, amor, felicidade, dinheiro, e tantas outras coisas, melhor. A lei agora é o querer tudo, mesmo ciente de que não é possível. Nos iludimos muito achando que temos, ou que teremos de ter de qualquer forma. As pequenas coisas desaparecem. Tornam-se efetivamente pequenas. O invisível se torna invisível de fato. A sutileza e a paz são fragmentadas e turvas. Tudo parece extremamente superficial. Ainda que não nos imaginemos vivendo superficialmente, vivemos.
          Quando você vê vários filmes, lê vários livros, visualiza e conhece muitas pessoas, você consegue efetivamente guardá-los por muito tempo, ou só pelo momento em que são úteis? O que você realmente leva para vida? Quantos de nós possuímos uma lista de pessoas que nunca vimos na vida, na internet? A quantidade de pessoas que um adolescente conhece hoje é incalculável. Na verdade, é muito menos do que isto. Ele cria a idéia de que tem muitos amigos. Mas quantas pessoas efetivamente estão ali para ajudá-lo? E quantas são possíveis de se confiar? Confiança não se vende em prateleiras e nem esta disponível para download, elas crescem naturalmente ao passo de cada respiração. Quantas pessoas efetivamente você precisa para viver? Será que uma lista com 600/900/1000 pessoas faz sentido? Certamente você não conhece bem 5% destas pessoas, mas elas juntas funcionam como ‘eu estou sendo amado’, ‘olha quantas pessoas querem conversar comigo, quantas gostam de mim’. Ilusão. Pura ilusão. Basta você mudar a sua foto e algumas delas logo perguntaram, ‘quem é você?’ ou vice versa. E os seus vizinhos? Você os conhece, ao menos cumprimenta todos eles? E quantas pessoas você ignora porque esta atrasado demais, sempre correndo?
          E quanto às músicas e ao visual? Os HDs cada vez maiores porque se tem muitas informações para se armazenar. Os hits da semana, os cantores no auge, tudo tem de caber na palma da mão, para que possamos estar suspirando na nova onda e acreditando que estamos realmente vivendo e deixando ser tocados. Entretanto, de uma infinidade de músicas que você escuta, e que você acredita estar absorvendo, quantas ou quais realmente tocam, encantam e aguçam o seu estado onde você estiver, em qualquer momento quando você aperta o play?
          Livros, sites de notícias, informações... Precisamos estar sempre com os olhos cheios e cérebros atualizados. O mesmo aos aparelhos eletrônicos, quanto mais novos, melhor. Vê se muitas coisas por cima, os detalhes são ocultos, e as pequenas coisas? Uma rotina interminável, muitos livros para ler, muitos para sintetizar, muitos para ter o que conversar em uma roda. O mesmo da novela, dos programas e dos filmes. Vemos muitas coisas, mas pouquíssimo tiramos em termos plausíveis. Estórias repetidas, sentimentos desgastados. O que antes chamava atenção agora precisa ser trabalhado várias vezes na tentativa de obter alguma comoção. Certamente algum de vocês podem pensar: ah eu leio muito, eu escuto muito, eu absorvo muito. Mas é certeza que não. Não digo isso para desestimular ninguém, muito pelo contrário, acho que o muito neste caso não serve para tanto. Muitas coisas ocultam outras, as pequenas coisas principalmente. E ter muito, não significa necessariamente aproveitar.
          Quantos de nós já paramos para fitar o cotidiano, e ver como tudo parece previsível e imprevisível simultaneamente? Quantos de nós paramos para ouvir a voz interior? Não só quando se tem problemas, mas naturalmente. Será que temos tempo diante das várias relações e coisas que temos de fazer e absorver? Quantas pessoas efetivamente já viram o dia passar, sentiu o seu cheiro, a sua cor, o seu calor tão próximos? Quantos sorrisos você já deu, e quantos deles foram tão vívidos a ponto de em sua memória haver um registro emotivo? Não se trata de uma mera emoção, se trata de fato, de uma grande emoção. O grande aí faz sentido. Quantas vezes precisamos da auto-afirmação? E quantas vezes agimos só para provar para o mundo que temos isso e que somos aquilo? O que o mundo nos cobra, é o que realmente precisamos para estarmos felizes?
          Continuamos recebendo tudo e repetindo como um papagaio as coisas que estão na ‘moda’ ou que são atuais. Mas volto a dizer, o que realmente você pode concluir observando tudo? Eu posso dar um exemplo. Você vê o céu e se perde na quantidade de estrelas. Se você pudesse ver o universo completo, o que você guardaria se não uma imagem muito tênue perto do tamanho real que ele é? Veríamos pontos que são planetas, todavia, não poderíamos nos dar ao luxo de vermos um só, porque se tem vários para observar. E nesse ponto/planeta, dentro dele, quantas vidas e formas de viver existem, o que veríamos não vendo? Uma infinidade de coisas que se tornam pequenas. Essa matemática paradoxal realmente faz sentido? Faz sentido se ter muito, almejar muito e no final ter sentido e efetivamente aproveitado pouco? Você já olhou as coisas com outros ângulos? A sua casa, por exemplo, você já olhou de formas distintas? O seu próprio quarto, o seu corpo?
           Cada um tem a sua forma de viver, precisamos desta singularidade, contudo, elas muitas vezes se aproximam, porque queremos demais. Porém, o que temos é efetivamente pouco. Não valeria mais a pena olhar pouco e ter muito? Não seria proveitoso chegar as nossas próprias emoções sem que elas tenham de ser enlatadas? Será que não seria proveitoso ter o pouco, mas suficiente para completar? Talvez você ache besteira, e que realmente precisamos nos movimentar desta forma, vivendo do muito. Estando alheios e cegos para muitas coisas. É a sua escolha. Se é certo ou errado, não me cabe julgar. Mas tente perguntar para você mesmo ao ver tudo e cair de cabeça nele: o que realmente faz sentido, o que realmente toca, o que realmente deixa bem. Você consegue ser sensível o bastante a ponto de perceber o que precisa? Será que a sua sensibilidade não seria enlatada, ou você não consegue senti-la por viver muito? Por ter medo de que ela possa lhe roubar segundos de sua vida?
           Você busca o que precisa ou o que os outros dão a entender que você realmente precisa? Eu não quero dizer que o muito é inútil, eu só quero dizer que o muito, enquanto muito e superficial, é muito pouco ou nada...


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Beijos e abraços e até a próxima...



quarta-feira, 21 de abril de 2010

-> E o futuro?

Olá pessoas;

Como estão? Espero que muito bem. Feriado chuvoso aqui na Bahia. E olha que nem estava previsto para chover, mas enfim, falando em chuva, semana passada foi A semana, nunca peguei tanta chuva assim, por sorte não fiquei resfriado. Semana passada começaram as minhas aulas, e já tenho muitas coisas para fazer. Meu primeiro dia teve de brinde uma senhora louca (é melhor que eu não entre em detalhes, risos). São coisas que acontecem comigo, fazer o que. Enfim, eu estou bem e quero muito terminar o layout daqui antes de maio, com algumas novidades. É estranho, mas sinto as coisas diferentes, mas eu não sei o que aconteceu.

# E o futuro?

Qual será a minha reação? O que sentirei? São perguntas que faço quase sempre, quando sinto e percebo o movimento das coisas mudarem. Eu poderia esquecer um pouco isso, porém, é utópico imaginar que pensar no futuro é algo possível de ser interrompido tão facilmente assim. É involuntário.
Quantas vezes me distraio e me perco em meus pensamentos longínquos, imaginando como será a minha vida daqui há alguns dias ou anos? Como estarei? Com quem quero estar? Às vezes sinto que estou pensando demais no futuro e esquecendo de viver o presente. É como se o futuro assumisse uma força incontrolável e eu não pudesse fazer nada. Eu sei que as minhas ações de hoje são as sementes do meu amanhã, sei também que tudo é conseqüência e que nada é isolado. Mas e as lembranças do passado, e os desejos do futuro?
Viver, viver, viver... Seria utopia a afirmação ‘viva sem pensar no amanhã’? Bom, já adianto que eu não consigo, pelo menos não por muito tempo. Eu preciso estar um pouco ‘seguro’ de que o passo que estou dando hoje não irá me atrapalhar no de amanhã. Não que eu esteja controlando a minha forma de viver ou pensar, tampouco querendo deixá-la previsível. Acontece que eu me preocupo com o que preciso e o futuro é algo que me apetece muito, assim como viver o presente.
Acreditar naquilo que sonho é mais do que uma necessidade pra mim. Acreditar no que quero podendo se tornar real também. Daí vem as perguntas: qual será a minha reação e o que sentirei? Não saber as resposta não me incomoda, seria mais do que gostoso ser recebido pela surpresa. O que me incomodaria é sentir que estou parado, deixando a vida escorregar pelos meus dedos. Sentir que tudo que quero é ilusório, e que o tempo gasto pensando no futuro fora um mero desperdício.
Imagino que viver uma vida previsível deva ser entediante. Uma única rotina, deveres e pessoas. Tudo regrado. Desgastante e maçante. Um dos grandes baratos da vida está em viver de maneira oposta a esta previsiblidade. Mas não confunda estabilidade com previsibilidade. São duas coisas distintas.
Penso que dentro desta vivência seja possível imaginar um futuro. E pensar em como alcançá-lo também. Desejamos muitas coisas, desejamos coisas distintas em momentos distintos. Acho que mais utópico do que a afirmação ‘viva sem pensar no amanhã’ seria dizer que os sonhos e desejos serão sempre os mesmos. Usamos a palavra 'sempre' e 'para sempre', mas não temos a idéia do que isto representa de fato, usamos sem a menor responsabilidade, usamos quando convém. E por muitas vezes o 'para sempre' é na verdade um 'por algum tempo'. Se tudo muda, como posso imaginar e querer a eternidade, mesmo sabendo que ela pode existir? É inquietante, mas é real, nós nos surpreendemos muito em diferentes momentos da vida, mas tudo isso só acontece porque estamos vivendo.
Por isso as costumeiras perguntas: Qual seria a reação? O que sentirei? Muitas expectativas e uma só resposta: eu não sei, mas quero e preciso viver.


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Beijos e abraços e até a próxima.



sábado, 10 de abril de 2010

-> Eu tenho você...


Olá pessoas como estão? Eu estou bem. Mudanças aqui estão previstas para até o final do mês. Qualquer novidade postarei no twitter. Devo confessar que estou cada vez mais viciado na Allen. Seus álbuns são muito bons. Adoro cantores ingleses eles dão outro foco para as músicas. Rotina voltando nesta segunda feira. Estou animado? Nem tanto, mas fazer o que né? Parado não posso ficar. Uma semana triste devido aos efeitos da chuva, sobretudo no Rio de Janeiro. Minha sincera solidariedade.
Sinto saudades de novidades musicais sobre Amy, o James e a Britney. E queria um CD novo da Allen também. Ai ai, quero muitas coisas. Mas este sou eu, não poderia ser diferente, não é verdade? Risos.

 
# Eu tenho você...


O cheiro do café e a tímida luz do sol indicavam que um novo dia estava começando. Levantei da cama e pude fitar um sorriso espontâneo. O sorriso mais doce que eu já havia visto: o seu sorriso. Sem fazer movimentos fortes sai dali e fiquei a observar a luz tímida, que tentava sair em meio às nuvens. Era o quente e o frio em uma combinação perfeita. Fazia frio quando tinha que fazer, fazia calor quando o frio começara a incomodar. O som do natural apaziguava o ambiente.
Fui surpreendido pela sua presença ao me abraçar e me roubar um beijo. Estávamos ali, olhando para o horizonte, sentindo o cheiro da terra molhada, abraçados pelo vento, pensando nos novos dias e nos novos sonhos que nem sabíamos que havíamos sonhado.
Duas pessoas diferentes levadas pelo amor. Senti suas mãos, senti o seu cheiro. Por um momento pensei que o mundo poderia ser aquilo ali, só eu e você. Ou se ele acabasse me sentiria o mais feliz por ter estado com você.
Quando você disse ‘bom dia’, com o seu leve sorriso, me senti como se estivesse no paraíso. É em momentos como esse que percebo não precisar de muito para ser feliz. Basta as pequenas coisas e os pequenos grandes momentos ao lado de alguém que amo.
Nada naquele momento me transmitia mais paz do que a sua presença. Seu sorriso foi o que me fez esquecer de muitos momentos ruins que eu havia passado. Acho que ele é mágico. Tão mágico quão o momento em que estávamos muito próximos. Tudo ficara gravado em minha mente na área das melhores lembranças de quando não se tem preocupações, de quando não se quer que o tempo haja para esquecer de algo.
Tocar em seu rosto, receber o seu toque, roubar-te beijos, ganhar muitos outros. Nada é melhor do que isso. Receber o seu abraço, de tamanho único, sentir o seu calor, sentir a sua presença, receber o seu carinho. Nada é melhor do que isso. Nada naquele momento era melhor do que a harmonia entre eu e você. Só os nossos corações saberiam dizer o que aquele momento representava. Só os nossos corações se comunicavam. E o felizes para sempre? Eu não sei, mas o que posso dizer é que você esta me fazendo feliz cada vez mais. Para que perder tempo cobrando uma eternidade, se durante este tempo eu posso estar com você?
Tudo junto, tudo misturado, tudo que é nosso é moldado por ações involuntárias de nossas almas apaixonadas. O dia estava só começando nossa relação está crescendo e crescendo. E saber que tenho você me deixa tranqüilo para enfrentar a chuva, o sol escaldante ou qualquer outra coisa. Entre o frio na barriga e ansiedade de ver você outra vez me vem na cabeça: eu tenho você. E é isso que me conforta. E é só isso que me conforta. Eu tenho você.

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Beijos e abraços e até a próxima.



segunda-feira, 5 de abril de 2010

-> Coisas invisíveis...



As pessoas comuns diriam, e dizem, que eu estou vendo e procurado coisas onde não existe, mas não é isso. Só eu sei o que me deixa bem, só eu posso sentir o que preciso.
Jamais deixarei de expor a minha sensibilidade por medo de pessoas que possam questionar o meu modo de viver. Sou sensível o bastante para perceber as coisas que me incomodam e que fogem do plano real. Isso ninguém jamais irá mudar.
Mas tudo muda o tempo inteiro, e eu continuo a caminhar com uma mochila de coisas invisíveis nas costas. Eu preciso estar sempre voando e voando porque parado não consigo crescer.

Vinicius G.


quarta-feira, 31 de março de 2010

-> Dentro do coração mantendo a respiração...

Olá novamente amigos.
Conforme eu avisei no outro post, segue o último post do mês de março. E que venha muitas coisas boas em abril. Fiquem com Deus e se cuidem.


# Dentro do coração mantendo a respiração

Certa vez, quando eu era mais novo, me disseram que eu só saberia o que seria amar, quando eu chegasse à adolescência ou quando eu fosse um pouco mais velho. Acho que esta foi uma das primeiras mentiras que ouvi na vida.
Tão cedo senti algo diferente, e mais cedo ainda, percebi algo onipresente. Até então era tudo muito novo, e eu sentia algo especial pelos meus entes. Eu temia só de pensar em perdê-los. Havia amigos que eu sentia um carinho fora do comum. Havia sentimentos dentro de mim, que cresciam sem eu controlar. Eu era apenas uma criança que sentia, aos poucos e aos muitos, o que era amar.
Inquieto como sempre fui, perguntei aos meus pais, e a minha professora: ‘por que amamos?’. Todavia, não me responderam claramente. Na verdade ninguém nunca me respondeu ao certo. E mesmo hoje, um pouco mais velho, percebo que o amor não é algo a ser perfeitamente definido. E mesmo com várias experiências será difícil responder o motivo pelo qual amamos. Talvez seja porque precisamos disso. É isto que, junto com os nossos sonhos, nos mantém vivos.
Não sabemos a razão e nem quando tudo começa, tampouco os protagonistas. O amor é uma surpresa. E senti-lo é sinônimo de ver a vida com outros olhos. Quando se ama tudo é diferente. Os olhos brilham mais, a respiração é mais leve e tudo parece incrivelmente mais fácil, quando se é correspondido. É algo forte capaz igualar os sexos, idades, e as diferentes formas de amar. Todo mundo espera por ele, e há alguns que insistem em dizer poder viver sem, porém é impossível. Ele esta dentro do coração mantendo a respiração. Se até por uma canção, sentindo a brisa do verão, se começa ou se reaviva uma paixão; porque não se entregar a essa imensidão que cresce mesmo quando não percebemos?
Penso que não importa os corpos, até porque eles um dia irão desaparecer, o que vale é o amor que sentimos, não importa por quem ou pelo o que. O amor é único e perdura por eras. Não há como evitar, o coração pulsa sem parar e volta-se a ter a energia de um jovem, mesmo em quem já viveu muito. Estamos amando o tempo inteiro, mesmo quando acontecem fatos desagradáveis, pois precisamos disto para viver e para superar os mais variados empecilhos.

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Beijos e abraços e até a próxima.



-> Março terminando...

Olá amigos

Depois de quase um mês sem ‘falar’ diretamente com vocês cá estou para falar um pouco sobre tudo. Desde o meu último post do mês de fevereiro até hoje, muitas coisas aconteceram, coisas boas e ruins.
Tenho me comunicado somente pelos textos e também tenho ciência de que o cunho deles é um pouco distinto do que costumo escrever. Mas foi uma época em que realmente precisei escrever assim. Este foi o mês que mais postei aqui no blog. Embora isso me deixe feliz, eu ainda sim, gostaria de esquecer março. Este mês pra mim foi marcado pela ironia de datas e acontecimentos. Incrivelmente paradoxais. Se não tivesse acontecido comigo eu certamente não acreditaria nesta precisão. Vi lados que não precisaria e nem merecia ver. Enfim, foram coisas que não desejo a ninguém. Mas como sempre tento ver o lado positivo nas coisas, por mais difícil que seja enxergá-las algumas vezes. Mas enfim, foram acontecimentos chatos e desgastantes, mas tudo se cessou.
Este mês estava de ‘férias’, sim, agora, risos. Na verdade dias de descanso. Aproveitei para me dedicar a uma coisa que pensei durante o mês de fevereiro, antes mesmo do carnaval, e anseio muito concluí-la. E se Deus permitir irei concluir o mais breve possível e vocês saberão do que se trata.
Vi estes dias ‘A troca’ com a Jolie. Um filme mais do que brilhante. Poucos filmes conseguem de primeira me tocar tanto, e este realmente conseguiu. Sempre gostei muito do trabalho da Jolie. Acho-a fantástica. Aliás, o texto Desaparecidos, depois de concluí-lo percebi que tinha a ver com a temática do filme também, embora o foco que eu tenha dado ao texto seja distinto. Na verdade me veio à idéia de escrever sobre algo que desaparece subitamente, quando saí de casa e vi alguns cartazes de desaparecidos. Percebi que poderia ser completamente adaptável ao que eu passei estes tempos.
Mas enfim, um novo mês se aproxima e eu estou muito animado com ele. Acho que será um mês de novidades. Aliás, as mudanças no blog estão previstas para este novo mês. Mudarei tudo, como sempre afirmei nos posts anteriores irei reformular. Estou com várias ideias legais para cá e certamente irei colocá-las em prática. Iniciarei um novo semestre na universidade e isso completará o espírito de renovação e de novidades.
Evidente que algumas coisas não costumam sumir de uma hora para outra, tudo tem um tempo. E acho que respeita-lo é mais do que saudável. Além do mais o mundo dá voltas e isso é mais do que excitante. E como as pessoas dizem ‘Deus sabe o que faz. Aqui se faz, aqui se paga, tudo que vai volta’. Confio muito neste ditado e acho mais do que aplicável ao momento.
Enfim, o texto que escrevi é leve e gostoso. Eu o escrevi em meados de fevereiro. E paradoxalmente ele marcará uma nova época, por mais que tenha sido escrito no passado. Não é estranho? Risos. Vocês deveriam já estar acostumados com as minhas leis da vida. Risos.

Ah, já ia esquecendo, fiz Twitter. Ainda não mudei a minha opinião sobre o micro-blog, mas resolvi criar um para expor um pouco mais a minha ironia e para dar umas alfinetadas. Risos.

Sem mais, um novo mês se aproxima e terminarei este mês com um texto mais do que apaixonante. Aguardem a próxima postagem.

Mais uma vez, obrigado por tudo, e eu realmente amo todos vocês e todo o carinho que me concedem.

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Ps: Eu não acho que as pessoas têm o que merecem, acho que elas têm o que precisam.

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Beijos e abraços e até a próxima.



terça-feira, 30 de março de 2010

-> Desaparecidos...


Todos os dias pessoas desaparecem. Boas ou ruins, elas desaparecem. Todas com uma forma de viver, algumas com elos familiares fortes e outras nem tanto. Cada uma delas é um livro, que compõe uma estante de uma biblioteca, que chamamos de vida.
Elas desaparecem, na maioria das vezes não indicam para aonde foram, ou o que aconteceu. Por vezes são seqüestradas, outras vezes se perdem no mundo, ou simplesmente estavam no lugar errado e na hora errada e acabaram assassinadas ou instantaneamente sumiram. Os entes próximos se desesperam. Imediatamente um vazio e sentimento de perda é instaurado. Até que chegue uma notícia definitiva indicando se o indivíduo esta vivo ou não, sofrem com a dor da dúvida por almejar a verdade. Isto é mais do que desgastante, é realmente algoz. Imagine a dor ao olhar para o telefone e imaginar que por ali pode chegar uma notícia boa, ou que pelo menos propicie o alívio; ou olhar para porta e imaginar que por ali pode entrar a pessoa desaparecida ou alguém com informações verídicas que dêem um desfecho para situação.
Nestes casos o final é mais do que imprevisível. Feliz, nem sempre. Triste, talvez. Duvidoso, sempre. Quem perde alguém querido por este desaparecer do nada, talvez, sofra mais do que saber que este alguém já não esta presente. A dor da dúvida é realmente insuportável, e imaginar que tudo pode ficar bem às vezes é mais do que difícil. Por mais que exista fé e esperança o tempo inteiro, ainda sim é difícil.
Com os sentimentos é quase a mesma coisa. Evidente que são dores distintas e contextos distintos. A semelhança esta justamente no fato de que todos os dias, também, sentimentos subitamente desaparecem. Há pessoas sofrendo devido à ausência, há uma esperança de um retorno, e há uma dúvida fora do comum se tudo foi real, se ainda existe e se ainda irá voltar. Eles desaparecem sem deixar rastros. Quem os seqüestram, ou os assassinam, ainda que involuntariamente não imaginam o quão doloroso pode ser. A linha que separa o real da ilusão é muito tênue. De uma hora pra outra, por mais espantoso que possa parecer, sentimentos podem desaparecer.
Em ambos os casos tudo pode terminar bem, mal, ou na dúvida. Mas quem sabe ao certo, se a biblioteca da vida muda o tempo inteiro? Com a biblioteca de sentimentos não é diferente. E de uma hora para outra um amor desaparece ou se transforma em aversão, ou uma aversão desaparece e vira amor. Tudo é mais do que imprevisível, pelos simples fato de falarmos de coisas que não são projetadas para descrever, e sim, para sentir.


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Beijos e abraços e até a próxima



quinta-feira, 25 de março de 2010

-> Entre muros e escombros...



Era maçante. Todos os dias ele acordara cedo e partia para construção de sua casa. Erguia durante o dia os mesmos muros, sob um sol escaldante ou sob tempestades, e a cada tijolo encaixado ele sentia uma responsabilidade e envolvimento naquilo.
Era maçante. Todas as noites alguém, conhecido ou diferente, aparecia e destruía todos os muros, e ele voltava à estaca zero. Era desgastante demais, nem ele sabia como arrumava forças para levantar todas as manhãs e reconstruir tudo que ele tanto se entregou construindo.
Era triste, melancólico e algoz perceber que tudo que fora erguido e cristalizado se desmanchava em questão de segundos. Ele sentia-se frustrado, pois tudo era volátil demais. A efemeridade da situação o incomodava deixando-o descrente de tudo. Seu semblante fitava tudo de maneira distinta, e embora confuso, ele sabia parte do que sentia e o que realmente apetecia. Uma construção sempre a espera da demolição, como algo perecível. Isto era angustiante.
As pessoas têm o dom de construir extensos universos, algumas vezes involuntariamente, mas em questão de segundos; anos, meses, sentimentos, e significados parecem deixar de existir, tornando-se ocultos, ou, por azar, se convertem em escombros. Tudo pode continuar existindo, mas agora com um contexto e significado diferente.
A diferença em questão nem sempre é algo bom para quem esta construindo muros. É maçante e tedioso ter de construir e reconstruir algo em intervalos muito curtos. A volatilidade nem sempre se faz presente quando se muda tudo o tempo inteiro. Suspiros, sentimentos, desejos e sonhos não desaparecem de uma hora para outra sem algum motivo. Se eles estão se atenuando é porque algo já passou ou se quebrou. Mas nada é tão definitivo e previsível. Entretanto algo é mais do que certo: as pessoas constroem e destroem o tempo inteiro. Não só dentro de si, mas também fora, com os outros através de ações ou palavras.
A linha entre o agente destruidor e vítima são tênues e a mudança de lados é muito mais volátil e inesperada do que realmente aparenta ser. A construção de muros é mais do que necessária, a destruição também, desde que não seja tão algoz e presente, pois é mais do que difícil acreditar em algo quando se têm alguém todas as noites destruindo o que parecia concreto e real. É maçante e ao mesmo tempo construtivo se perder entre muros e escombros. O problema é que nem sempre conseguimos nos manter neste ritmo da obra.


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Sonhos, sonhos...

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Reformular...

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Beijos e abraços e até a próxima.


segunda-feira, 22 de março de 2010

-> Foi apenas um sonho...



Ele acordara, mas sentia que precisava continuar dormindo. Só o sono trazia o que ele precisava no momento. Sentiu o seu rosto úmido, percebera que havia chorado por um tempo. Levantou instintivamente e abriu o seu armário. Retirou o lençol e o forro de cama daquele dia em que se sentira bem. Ele sentia que precisava voltar para o começo. Se ele pudesse registrar a cena que protagonizara, certamente sentiria um remorso e pena de si mesmo por fazer algo assim. Arrumou a cama do mesmo jeito, vestiu a mesma roupa, usou o mesmo perfume, e ficou a esperar o tão almejado sonho.
Ele havia se enganado, esperado demais, tudo foi apenas um sonho. Um único sonho. Não daria jamais para voltar a ele. Ele já havia se secado e evaporado no tempo. Ele havia deitado de forma rígida e imóvel, como se quisesse refazer os passos daquele dia. Até que ele parou de vez e cansou, na verdade ele fora vencido pelo sono e cansaço.
Foi durante uma das quebras de um dos sonhos que fora percebendo os fatos. Ele percebeu que não havia mais condições de continuar a sonhar com aquilo. Por mais que tenha feito bem, não podia mais. O encanto terminou. Ele cansara de ilusões, mentiras e pedradas.
Ele não se sentiu culpado por pensar assim. Havia mais do que um motivo para desistir disso. Ele havia cansado, se desgastado e algo havia se quebrado e não haveria uma forma de se colar.
Com uma perspectiva distinta levantou da cama, retirou a umidade do rosto e mudou toda a ordem que havia construído. Trocou tudo que lembrava àquele sonho. Aos poucos se sentiu bem.
À noite chegara e ao começar a dormir fora interrompido no meio de mais um sonho. Agora já percebia tudo. Respirou e pensou em absolutamente tudo, respondendo para si mesmo e em voz alta: foi apenas um sonho.

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Lembranças não se apagam. Minha mente registra tudo.

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Reformular

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Beijos e abraços e até a próxima.



sexta-feira, 19 de março de 2010

-> Pedalar...


Tão apaziguador, tão simples, tão belo. O lugar era realmente belo. Havia uma casa simples, mas muito aconchegante. Uma árvore para dar sombra e o chão coberto por um verde mais do que vivo. A sua bicicleta de cor vermelha enfeitava o ambiente e completava a fachada da humilde casa.
Ele estava deitado, olhando para o azul brilhante do céu. Pensara em muitas coisas, em muitos fatos e em muitas pessoas. Ele havia andado muito de bicicleta e parou para descansar. Encontrou o conforto por um tempo. Debaixo da sombra da árvore, leu um bilhete que lhe dizia coisas boas, ele se perguntou se aquilo fazia sentido e se o bilhete que ele enviara ainda existia ou havia virado papel de rascunho no meio de bugigangas. Ele sentia falta de pequenas coisas, mas a sombra da árvore o protegia. Parecia que o tempo inteiro tinha de afirmar e reafirmar lembranças. E nada parecia tão real. Ele estava bem, estava engajado em outras coisas e ainda precisava voltar a pedalar. Na verdade, ele havia caído porque andou com muita pressa, precisava encontrar a sombra, pois o sol incomodava demais.
Vendo gravetos no chão verde, focou-se neles e levantou. Havia pensando o suficiente, havia descansado o suficiente, o que ele poderia fazer agora, se não continuar a caminhar? Na verdade, ele tinha em seu consciente a pergunta ‘o que eu poderia fazer?’. Embora isso o deixasse inquieto e preocupado, tudo que ele poderia fazer era pedalar e pedalar, até que a noite apareça e a quentura diminua. Entretanto há noites que faz frio, o que poderá aquecê-lo? O calor irá fazer um pouco falta, e ele sentia falta de um bom cobertor. Um cobertor de tamanho único: um abraço.
A casa e o clima era apaziguador, mas ele precisava sair dali. Foi isso que ele fez, pedalando ao passo do seu fôlego, buscando um dia agradável ao lado de pessoas agradáveis.
Com uma mochila e coisas invisíveis nas costas, ele continuou a pedalar...


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PS: Sim, ainda preciso viajar...
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Reformular...

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Beijos e abraços e até a próxima.


segunda-feira, 15 de março de 2010

-> Novos ares...



Amigos, amigas, colegas, pessoas queridas, preciso viajar. Sim viajar, acho que só uma viagem me faria bem agora. Sabe quando você coloca as coisas na balança e percebe que há um desequilíbrio? E isso incomoda tanto porque é acompanhado de um sentimento de culpa? Pois bem, me sinto assim. E acho que uma viagem para respirar novos ares seria mais do que interessante. Desde que o destino seja válido.
Bom, acho que vou me afastar um pouco do blog e da internet, porque tenho alguns projetos para executar. Sempre que vier a vontade de falar aqui, irei postar. Além do mais o blog precisa de uma total reformulação, em relação a tudo, pensei em várias coisas legais.

Logo logo, e muito mais breve do que imaginam, eu mudarei tudo, assim como eu mudei nestes últimos meses. Enfim, por agora tudo que eu preciso é respirar e viajar. Aproveitarei que estou de férias – sim, férias agora ¬¬’ – para pensar nisso e em outras coisas mais...

Enfim, beijos e abraços e até a próxima. Se cuidem, amo todos vocês!


sábado, 13 de março de 2010

-> Em seus devidos eixos...


Os primeiros dias costumam ser ótimos, tudo é muito novo, os sentimentos estão em ascensão e todos os erros e defeitos estão ocultos. Depois de um tempo tudo entra em seus devidos eixos.

Os primeiros dias costumam ser péssimos, se esta arrasado, não há vontade de fazer nada. E todos os defeitos estão explícitos e todos os sentimentos lutam para entrar em declínio. Depois de um tempo, tudo entra em seus devidos eixos.
Às vezes se quer muito, mas não há condições e subsídios para que algo dê certo. As pessoas são dinâmicas e muitas delas não sabem suportar ou receber algum sentimento. Talvez porque nunca tenham tido por alguém, ou por ela mesma, ou ainda por não possuir maturidade e suporte para tal. E como sempre foi perceptível que tudo novo costuma ocasionar algum medo, é mais do que natural às reações paradoxais. Mas no fundo todo mundo sabe o que quer e o que realmente fazer. Só não possuem, ainda, uma coragem para executar. Procuram formas de mascarar e destruir os fatos, mas muitas destas tentativas são falhas antes mesmo da execução. Entretanto, o movimento dos primeiros dias quase sempre é presente. Afinal de contas o mundo gira, as coisas esfriam e esquentam sem nos darmos contas, e ainda sim percebemos que estamos apenas crescendo. São os efeitos dos primeiros dias...




Depois de um tempo, tudo entra em seus devidos eixos.


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PS¹: Letras conversam em minha mente, elas querem me dizer algo que no fundo eu já sei...
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Reformular...

Beijos e abraços e até a próxima...



quarta-feira, 10 de março de 2010

-> A chuva...


Aos poucos o céu começara a indicar que a chuva iria começar. Ninguém esperava que fosse algo muito forte e demorado. Havia muitas coisas sujas que esta água da chuva poderia ser útil ao passar e lavar. Quando a tempestade começou e os raios começaram a preencher o ambiente, tudo se tornou tenebroso. A chuva permaneceu por um tempo. O tempo suficiente para causar estragos e danos irrecuperáveis. Coisas que antes brilhavam porque haviam sido regadas e nutridas agora brilham, mas não por causa da nutrição, e sim por causa da chuva.
Uma tempestade que parecia não ter fim, ou melhor, se configurava e aparecera de uma maneira inexplicável. Muitos tiveram medo, e era visível que algo de estranho e fora do normal havia acontecido. Os rostos comunicavam, as palavras eram postas para fora, mas a recepção era algoz. Entretanto, logo que começa a diminuir o ritmo, as coisas começam a voltar ao normal. Quem antes se preocupava ou sofria por causa da chuva, logo, através de um calor oriundo do que realmente faz bem, começara a dar os primeiros sorrisos e tudo caminhava para normalidade e conforto. Evidentemente ninguém conseguirá esquecer o efeito desta chuva, ela propiciara estragos irrecuperáveis. Mas como já fora dito, ela serviu para lavar e levar coisas sujas. Por mais que para isto algo tenha brilhado com uma natureza distinta. A única certeza e forma de encontrar o conforto seria acreditar que no fundo tudo iria acabar bem.
O inesperado, chocante, agonizante e algoz, poderia e deveria ser levado com esta chuva. Havia coisas demais, havia pontos e fatos que ninguém melhor do que os protagonistas saberiam como decifrar e quiçá compreender. A chuva era esperada, as conseqüências também. Mas tudo assume um caráter diferente quando há maneiras distintas da chuva chegar. O lado mais inocente, embora forte, costuma sofrer mais. Um paradoxo da vida, mas até os mais fortes são abalados.
Enfim, as gotas estão ou irão diminuir, e logo o primeiro sorriso e as primeiras chamas se reaquecerão e tratarão de por tudo em seu devido lugar, ocasionando um conforto fora do normal. E quem sabe depois de toda a chuva, chegará os dias felizes de sol. Como os dias de verão sem tantas frustrações e com várias emoções. Mas as emoções em questão, são emoções positivas a ponto de realmente fazer bem.

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PS: O tempo irá passar, mas uma coisa eu sei que não vai mudar: o meu desprezo por sentimentos como inveja e egoísmo além das pessoas mentirosas e sínicas.

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Palavra chave: Reformular.


Beijos e abraços e até a próxima.




segunda-feira, 8 de março de 2010

-> O observador...



Em algum lugar do seu universo pessoal há um observador. Ele decifra e monta seus passos e por vezes consegue ver coisas que dificilmente um humano dopado de sentimentos conseguiria ver. Por vezes ele é frio demais, é objetivo com as coisas que fazem mal. E ele percebe que a dor da ilusão e da dúvida são as que mais fazem mal.
São momentos inquietantes e por vezes algozes. O observador consegue ver tudo, inclusive todo o sofrimento, mas ainda assim nada faz. A pergunta sempre é ‘por que?’ A resposta pode ser o aprendizado e a alquimia de transformar coisas ruins em coisas boas. Mas entram os questionamentos do tipo: e a dor, e as lágrimas e as pedras caindo na cabeça? Tudo isto é capaz de ferir da mais nobre e pura das almas, até as mais desonestas e sujas possíveis. Como lidar com tantos paradoxos e empecilhos? Se na vida os sentimentos e desafios aparecem e modificam tudo o tempo inteiro?
É estranho sentir que àqueles sentimentos já vividos e superados estão voltando. E suportar este retorno é algo inimaginável, pois entra uma carga de vivências, expectativas e ilusões tão intensas que manter o fôlego é algo realmente milagroso. E por mais que seja insuportável ouvir de você mesmo, ou dos outros, coisas como: ‘eu avisei’, ‘eu já sabia’, ‘eu já sentia que... ’ é possível compreender e aprender a dar mais valor a estas pequenas intuições. Tenho total ciência de que mesmo ouvindo-as ainda é possível se arriscar se jogando em um abismo.
As palavras do dia são: recomeçar, recriar, renovar-se. Mas isso não significa jogar fora tudo que foi vivido, que fora superado e quiçá ‘esquecido’. Por vezes é preciso ser o observador, olhando as coisas com frieza e objetividade, sem se culpar por isso e sem ficar remoendo dores ou sentimentos. Às vezes é preciso acreditar que todos eles não existem ou que são fracos para poder abalar o estado de espírito. Quem sabe depois de tudo isso, e de mais umas idas e vindas, ilusões e desilusões, é possível dizer que agora existe uma pessoa mais forte.

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Reformular...


Beijos e abraços e até a próxima.



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

-> Figurinha chave...

Olá amigos!

Como foram de carnaval? O meu não foi nada OMG, fiquei doente na maioria dos dias, mas estou bem, graças a Deus. Escrevi esse post ontem, na madrugada, para variar, e escrevi pensando em muitas coisas que me ocorreram nestes últimos meses. Enfim, me diverti escrevendo, e espero que gostem. Preciso fazer mudanças aqui no blog, mas me falta um pouco de tempo e vontade. Enfim, espero que estejam todos bem.

# Figurinha chave

        Todos. Absolutamente todos os garotos do bairro falavam em uma tal figurinha chave. Eu havia completado todo o meu álbum e só me restava esta figurinha. Acordei muito cedo e sai para banca de revista, malmente tomei o meu café da manhã. Chegando à praça, de frente para a banca, fiquei sentado, imóvel e angustiado, pois eu precisava daquela figurinha chave.
         Quando o dono da banca, um senhor muito sábio, deu sinais de que já iria abrir, eu impacientemente fiquei a aguardar que ele me desse o sinal de que eu já poderia fazer o pedido. Depois de alguns minutos, que pareceram horas, ele veio e me perguntou: bom dia, em que posso ajudá-lo? Eu imediatamente, e malmente o cumprimentando, soltei as palavras: bom dia, por favor, me dê cinco pacotes de figurinhas. O senhor gentilmente me entregou os envelopes e disse que eu poderia ficar com mais um. Eu aceitei e fiquei muito feliz. Longe dali e de todos, abri cada pacotinho com os olhos brilhando e com a esperança de encontrar a minha figurinha chave. Por sorte achei-a no pacote que o senhor da banca havia me dado de ‘brinde’, e imediatamente fiquei muito feliz. Logo imaginei o meu álbum completo e a felicidade que isso representaria em minha infância. Era o álbum dos meus sonhos sendo completado pela figurinha mais famosa e almejada por todos. Corri e juntei ao álbum, comecei mostrando a todos de casa, e logo em seguida aos garotos da rua. Havia um garoto que eu sentia que não gostava muito de mim, e eu fiz questão de mostrar aos amigos dele, para que ele soubesse, por meio deles, de que o meu álbum estava completo.
          Andando na rua, já no final da tarde, o menino, que aparentemente não gostava de mim, se aproximou. Eu me assustei, mas não demonstrei, apenas o cumprimentei. Olá. Olá. Fiquei sabendo que seu álbum estava completo, vim lhe parabenizar. Será que eu poderia vê-lo? Eu, imediatamente, estiquei o braço e fiz questão de mostrar a minha figurinha chave. O garoto ao vê-la abriu um risinho de lado, que fora aumentando até chegar a uma gargalhada. Eu com muita raiva, perguntei: O que foi? Você está com inveja porque meu álbum esta completo! Ele chegou mais próximo a mim, e olhou dentro dos meus olhos e me disse: esta figurinha não é a original, ela é do ano passado, não tem validade, não serve mais. Garoto você se enganou. E ele saiu rindo de mim e com um pouco de dó. Fiquei com muita raiva, e pensei até em chorar, o menino que supostamente não gostava de mim, acabou de destruir um sonho. O meu sonho.
           Corri até a banca, e quase já fechando, me encontrei com o senhor simpático. Praticamente o gritei: O senhor me deu um pacote velho, não serve mais, não há uma figurinha chave! Com uma expressão tênue e muito apaziguadora ele me respondeu: eu sei disso. Te passei este pacotinho velho imaginando que você não prestaria atenção e cometeria o erro de achar que havia achado a figura certa. Irritado eu perguntei: Mas por que o senhor fez isso comigo? Eu sofri! Sabia? Ele me respondeu mais calmamente ainda: simples, porque você estava cego almejando muito uma coisa, que nem se quer percebeu que a figurinha em questão era velha, não se encaixava no álbum, tampouco brilhava e tinha o valor da verdadeira. Quis te mostrar com isso, que embora você esteja cego atrás de algo que almeje muito, é preciso tomar cuidado com as cópias ou com as coisas que parecem originais. Não se apresse. Você é muito novo e completará o seu álbum quando você menos imaginar. Nunca desista, só tenha esperanças com pés no chão. Você terá tudo em sua hora. E nem tudo vem facilmente. Quanto ao menino que falou a verdade para você, ele não te odeia, muito pelo contrário, ele sempre quis ser seu amigo. Dê mais valor às pessoas que gostam de você, e evite pensar em coisas inexistentes. Elas crescem e tomam proporções inimagináveis e muitas vezes são algozes. Enfim, não fique com raiva. Mais cedo ou mais tarde, você compreenderá que achar a figurinha chave não é tão fácil, mas procurá-la pode ser muito bom, se você mantiver a esperança, mas não esqueça: se trata de esperanças com os pés no chão.
          Sai da banca envergonhado com o tom de voz que havia usado com o senhor, e em silêncio continuei caminhando. Um pouco mais tarde percebi que ele estava certo, e o garoto que julguei se tornou um grande amigo. Aprendi a controlar mais a minha vontade de encontrar a figurinha chave. E se me você me perguntar se eu achei a figurinha, eu te respondo que não, entretanto, continuo nesta busca, e sei que um dia acharei, mas acima de tudo, tenho esperanças, mas esperanças com os pés no chão. Aprendi a usar as figurinhas velhas e as comuns, algumas repetidas, para outros fins. Acho que aprendi a ser um pouco alquimista. No final das contas sai ganhando, pois hoje me sinto um alquimista com esperanças com pés no chão. Não tenho pressa, não vou correr demais, tudo tem a hora certa para chegar.

Dedico este post a você.

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Ouvindo:

1. Forever & Always (Piano Version) – Taylor Swift
2. Wasted e Just a Dream - Carrie Underwood
3. Edge of Desire, Friends, Lovers or Nothing e Assassin - John Mayer
4. Happy, Bleeding Love e I Got You – Leona Lewis
5. My Lullaby e Just Hold Me – Maria Mena
6. Heaven on earth e Born To Make You Happy – Britney Spears
7. Sentimental Heart e This Is Not a Test – She & Him
8. Not Fair – Lily Allen

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Ps: Um oi muito mais do que especial para: Dona Emi, Ultra Diva Lila, ao Ro, e ao Gi. Amo todos vocês.
Ps²: Fantasmas do passado devem ficar enterrados no passado.
Ps³: Acredite: Não acredite...

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Em 19 de Fevereiro de 2010:
Ps: Por mais que todos os dias o Billy Joel em Vienna me fale: ‘Devagar sua criança louca’, eu ainda assim não consigo. Pois o movimento da vida não me permite.

Em 20 de Fevereiro de 2010:
Ps²: Há horas em que a vontade de ‘surtar’ realmente parece interessante. Gritar até não ter mais voz. Chorar até não ter mais lágrimas. E quebrar tudo que tem para se quebrar, objetivando, é claro, por para fora tudo que incomoda e que consequentemente faz mal.


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Beijos e abraços, até a próxima.



sábado, 6 de fevereiro de 2010

-> Cegueira...

Heyy Guys!

Como estão? Tem um tempinho que não ‘falo’ com vocês, é que têm acontecido umas coisas que só sentando mesmo para suportar. Enfim, últimos dias de pseudo-férias, e elas passaram tão rapidamente. Espero que esteja tudo bem, preciso fazer um layout pra cá pro blog, mas falta tempo inspiração. Estou animado com algumas coisas. Vejo vocês em breve. Até mais...


# Cegueira...

         
           São perceptíveis as nuvens frente aos olhos. Elas funcionam como vendas ocultando verdades. É como deixar tudo para trás para acreditar em algo que supostamente se mostrou sólido e confortável e que, mais supostamente ainda, fez bem. Escolhas são feitas, detalhes eliminados e, é claro, sonhos são despertados.
           Talvez tudo aconteça de forma sutil, em um breve momento onde fatos ou sentimentos, frutos destes momentos de transição e de transformação, são esquecidos.
           Quando o sentimento de cegueira passa é possível perceber que não há mais nuvens, e finalmente o ‘óbvio’ é explicitado. O ‘óbvio’ que custamos não acreditar por muito tempo. Por mais que todos os pequenos sinais estivessem sendo postos em nossa frente, não conseguíamos ver, por causa das nuvens que condicionaram uma involuntária cegueira temporal. Parece haver um descompasso com a imagem frente ao espelho com o rosto coberto por algo que veio de dentro. E a sensação de que algo se fechou ou secou aumenta ainda mais a angústia e sofrimento. É como levantar da cama e desejar que tudo fosse apenas, e somente, um pesadelo. Se até pesadelos já parecem tenebrosos, imagine a situação real, que por mais que não se deseje, por vezes acontece e sempre de forma inesperada.
            Por mais que saibamos de que muitas coisas não serão para sempre, costumamos a imaginar que tudo será eterno. Nossos amigos, familiares, ídolos, amores, animais de estimação, fama, sucesso, tudo, tudo, tudo, inclusive nós mesmos. É confortável pensar assim. E crendo nisto, como uma espécie de fé cega, ocultamos e não percebemos pequenos grandes detalhes porque queremos só aquilo e só aquele momento interessa. Nos entregamos à cegueira sem nem percebermos. E quando o efeito passa, e não há mais nuvens funcionando com vendas, chega à realidade, e o sentimento de ‘Meu Deus, como eu não percebi?!’. As coisas óbvias enganam, mas a cegueira temporal mais ainda. Lembra-se da busca pelo conforto? Das coisas que achamos que esquecemos? E das mudanças que ocasionam dor e ao mesmo tempo amadurecimento? Tudo pode ter começado aí. Na cegueira temporal de crer que o latão é ouro.
            Quando se estar cego, é possível ver os erros? Sim, evidente. Entretanto estamos tão reféns e passivos desta crença que pouco adianta. Por vezes só percebemos que estamos cegos quando um grande erro é cometido e ocorre um ferimento, e então cai a ficha de que antes deste grande, havia pequenos e até mais algozes erros. Perceber e assumir que estava errado, em relação a algo é muito complicado, tendo em vista que entrará o orgulho e muitos outros sentimentos e vivências. Estamos e somos criados para não sermos passado para trás, e isso dificulta ainda mais para perceber de que aquilo era um engano, uma decepção, uma ilusão. Soa como vergonhoso, porém se enganar é tão comum em dias de hoje...
            Se recuperar dos efeitos da pós-cegueira é fácil? Evidente que não, até que a descrença quase que total aconteça, e que outros sentimentos se atenuem, gastamos tempo e por vezes sofremos muito. Todavia, se tem algo de consolo que serve neste momento, é a crença de que estamos nos livrando de viver de uma ilusão e de uma cegueira, que para o tempo, congela sentimentos e aquecem outros.
            Enfim, se tudo acontece, é porque estamos buscando a felicidade. Não se culpe por isso. Isso é mais normal do que você imagina, aliás, é isto que te mantém vivo. Uma ilusão pode parecer e ser confortável, não se espante. Somos humanos e temos necessidades tanto no plano físico quanto no plano sentimental.

 
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Beijos e abraços e até a próxima.



domingo, 31 de janeiro de 2010

-> Nada além do horizonte...



Olhando para nada além do horizonte, ele começara a dar sinais de que havia acordado. Parou e pensou por um bom tempo. Ele já sabia que vivera muito, mesmo sabendo de sua pouca idade. Pensara em noites mal dormidas, acontecimentos espasmódicos e concluiu: o que ele pensara e almejava como oxigênio para os seus pulmões está morto, ou melhor, nunca existiu. Aprendemos a viver sem muitas coisas, e ele sabe que vai ficar bem.



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Ps¹: OMG, como eu não conhecia She & Him?
Ps²: É triste perceber que as pessoas se contentam com cópias e montagens descartáveis.

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Beijos e abraços o/

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

-> Incompleto...


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Sabe quando você se sente feliz, e ao mesmo tempo sente ou percebe algo significativo que te deixa triste? Não que as coisas sejam necessariamente pela metade, mas elas são o suficiente para deixar marcas em seu bem-estar. É aquela velha estória do copo vazio ou do copo pela metade.
Quando você só conhece o pela metade, este se torna o seu todo; quando você só conhece o vazio, este se torna o seu todo. Você se sente normal, sem muitas alterações. Ao conhecer um dos lados, a lógica muda, é a soma entrando, e você modificando a sua visão de mundo. Fato é que às vezes o nada é melhor do que o pouco. A regra de se contentar com o meio copo não vale para tudo. Não vale para tudo porque você conheceu o outro lado, e é compreensível que você sinta que ter as coisas incompletas não te faz tão bem. Você precisa do seu completo de qualquer jeito, tendo em vista que é frustrante e triste, ter as coisas por partes, soltas e desconectadas. Estas coisas preenchem alguns espaços, mas acabam por abrir outros mais extensos ainda. O perigo é justamente este. E o resultado é o que ninguém quer, é o que ninguém consegue evitar ou fazer de conta que está tudo bem e que não existe quando o sente.
Mas porque o vazio, às vezes, é melhor do que o meio copo? Simples, porque o meio copo carrega em si a chama para esquentar outros sentimentos, o vazio também carrega, entretanto o grande diferencial é que com o meio cheio entra a esperança, o desejo e a crença de que finalmente vai dar certo de uma forma mais intensa. E cria-se uma, duas, vinte, várias ilusões. E deduzindo pela matemática das ilusões, a maioria delas, quando mais se expande, mais dor e sofrimento causa quando esta termina apenas como mais um sentimento falso. Todavia este falso é tão perfeitamente parecido com o original, que você inocentemente confunde e acaba por não perceber que é apenas uma cópia. Uma cópia quase que perfeita. E aí chega o momento de repensar no que é realmente bom manter, e do que realmente é bom para alimentar.
Com o vazio pode ser a mesma coisa? Quem sabe, talvez sim, talvez não. É tudo muito incerto. Porém o incompleto em questão não é o que ninguém deseja para preencher um espaço destinado para algo que tem de ser no mínimo completo e satisfatório. Você esta esperando por muito tempo, você quer para a vida inteira. O incompleto é uma ilusão que cresce como uma bola de neve, e acaba por se transformar em uma avalanche, levando e destruindo tudo por onde passa. E muitas vezes quando a ilusão acaba, os efeitos e as crenças se dissecam, acaba por restar apenas o sentimento de ter voltado à estaca zero. Ou como se tivéssemos nadado, nadado, nadado e por fim não ter chegado ao ponto almejado e exato. Gastamos energia, gastamos sentimentos, e por fim sofremos quando descobrimos que foi só uma ilusão. Uma cópia perfeita, um sentimento incompleto. E o pior de tudo: fomos capazes de crer que este incompleto e falso se tornaria completo e verdadeiro um dia.


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Beijos e abraços e até a próxima.



sábado, 16 de janeiro de 2010

-> Mudar, mudar...

Hey guys o/

Como vão todos? Espero que muito bem. Por aqui está tudo bem, por mais que às vezes eu deseje que o mundo pare para que eu possa descer, risos. Enfim, começo de ano, mas com cara de meados, estranho não é? Talvez porque tudo esteja ‘normal’ demais. Acho que é impressão minha, afinal de contas, tudo mudou, estamos em um novo ano, risos. É só uma impressão. Vai saber, é só o começo...

# Mudar, mudar...


Mudar dói? Talvez sim, talvez não. Acho que ainda não sei ao certo. Aliás, depende de que mudança seja, depende de quem esteja envolvido, e depende do meu universo pessoal. Mas, tenho a certeza de que não posso me sustentar criando personagens o tempo inteiro, porque não é de minha natureza e de minha vontade, viver alimentado por ilusões transitórias ou temporais.
Que fraco eu seria, se eu vivesse de personagens e de ilusões? Que sonhador eu seria se eu acreditasse que estas ilusões um dia podem se tornar realidade? Talvez eu não tenha estas respostas, talvez elas estejam dentro de mim, ou quiçá ainda as conhecerei.
Porém o mundo não pára, e tudo gira o tempo inteiro. Eu conheço novos espaços, eu conheço novas pessoas e junto com estes e elas, eu aprendo muito mais. Mesmo que elas ainda sejam invisíveis, mesmo que eu ainda não possa enxergá-las com clareza. Elas estão me ajudando de alguma maneira.
Não que eu pense ser imaturo, não que eu pense não ter forças para mudar. Mas mudar pode doer, e doer pode significar um sofrimento longo, incalculável e severo. Nas noites em que planejo, ostento, imagino, eu no fundo quero mudar. Mudar para melhor. E se tem uma coisa que devemos por nas nossas cabeças é de que as nossas lágrimas são preciosas demais para serem derramadas por qualquer coisa.
Mas e se quando eu começo a mudar eu me sinto mal? Será essa a dor de que eu tanto temo ser algoz? Ou será que ela não existe? A lagarta ao virar borboleta entra em um processo de transformação. Ao sair do casulo, ela luta com todas as suas forças para sair, o que permite que suas asas estejam preparadas para grandes vôos. Acho que conosco acontece o mesmo. Tudo em seu devido tempo. Milimétricamente calculado.
Mudar dói? Talvez não. Talvez seja um momento de adaptação. O momento em que se conhece o novo, e como todo ou qualquer novo, costuma causar algum tipo de estranhamento ou mudança. Não que façamos de conta interpretando personagens fictícios e ao mesmo tempo algozes a nós mesmos. E sim, aprendendo a ouvir o nosso próprio eu. De uma coisa não me resta dúvidas: sentir que está saindo da toca é um dos sinais de que as coisas estão mudando ou irão mudar.

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Ps¹: Sim, eu sinto falta das coisas invisíveis.
Ps²: Sobre manter o blog, ainda estou pensando.
Ps³: O grande erro das pessoas é pensar e acreditar que as outras são idiotas...

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Beijos e abraços e até a próxima.




segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

-> Gotas de água...

Olá guys!

Começo de ano é sempre ou quase sempre empolgante. Acho que é a melhor época para se conhecer alguém, ou pra fortalecer laços pré-estabelecidos. É como se as esperanças e energias se renovassem para o que há de novo neste ano que acaba de chegar. Deixei coisas em 2009, e acho que não sentirei falta delas. É como acordar e sentir que os ares estão diferentes. Mas enfim, espero que todos tenham tido uma ótima virada, e que 2010 seja repleto de realizações para todos vocês.
Preciso mudar muita coisa aqui, caso continue com o blog. Estou pensando em um novo visual, que vocês certamente conhecerão, caso ele exista. Muitas promessas e muitas aspirações em 2010, vejamos como os fatos irão ser protagonizados, eu espero, como sempre, que da melhor e mais aproveitável maneira possível.

# Gotas de água...

          ‘É de gota em gota que se enche um copo’. Não é assim que falamos? Por vezes pensamos que aquelas gotas caindo naquela velocidade tão cedo não irão terminar de completar o copo, e que se retirarmos uma ou vinte gotas, elas não irão fazer falta quando este copo estiver aparentemente cheio. Mas será que elas não fariam mesmo? Se elas contêm dentro de si a possibilidade de um dia pertencer a um copo cheio, ou a um copo pela metade, porque elas não fariam falta?
          A questão é: as pequenas grandes coisas que deixamos de fazer, porque nos ocupamos com outras, espontaneamente ou quando obrigados. De inicio não percebemos, pois são coisas aparentemente pequenas demais e alguma delas um tanto imperceptíveis nos primeiros momentos. Mas com o passar do tempo elas vão se acumulando, a tal ponto que as coisas que você deixou de fazer, abriram espaço para um buraco. Um buraco que nem sempre é possível de ser tampado. Porque trata-se de situações que estão presas no tempo, e que nos são ofertadas para absorção quase que imediata. É como deixar algo em alguma hora e em algum lugar. Porém por conta da rotina, dos afazeres, dos problemas ou mesmo do orgulho e egoísmo deixamos de perceber e de sentir que estamos nos afastando delas. Ficamos de certa forma alheios a esta situação que parece crescer em forma de uma progressão geométrica (P.G.) de forma silenciosa e fria, sendo pacientemente calculista e severa quando se fala em visar o seu real objetivo.
          Mas quando é que sentimos que o buraco existe? Quando sentimos os seus efeitos? Quando conseguimos vê-lo, e quando caímos. São em momentos únicos que perdemos a força sem perceber. E evidentemente não planejamos a queda, aliás, nunca esperamos, é algo muitas vezes imprevisível, mas de efeitos surpreendentemente certeiros, talvez porque para este tipo queda estamos vulneráveis.
           São as pequenas grandes coisas que esquecemos de fazer, ou que não fazemos porque sentimos medo ou vergonha. Quantas de nossas ações já foram criticadas e censuradas? E quantas vezes temos de pensar duas vezes antes de fazer algo? Quem quer parecer ‘estranho’? Quem quer ser apontado como ‘diferente’? Certamente ninguém, quando o sentido de estranho e diferente são atribuídos ao vulgar, para alimentar o escárnio, o desprezo e o sentimento de inferioridade. Até porque estes olhares direcionados a situações como estas não são dignas de orgulho, como outras em que a diferença incrivelmente faz a diferença.
           Enfim, só percebemos a falta destas pequenas grandes coisas quando em uma ruptura da rotina, caímos na nostalgia, e sentimos saudades de algo que não vivemos ou que deixamos passar porque tivemos, dentre outros motivos, medo. Tudo começa com uma simples rejeição de um beijo em público, não importa quem esteja querendo dar, e é capaz de chegar até o esquecimento e perda de vontade de freqüentar locais, ou de estar na companhia de alguém antes especial. Às vezes só sentimos que precisamos viver.
           Deixamos sim, mas levamos muito também. São coisas pequenas, são coisas que formam buracos. São coisas pouco perceptíveis a olho nu, mas tão explícitas ao se olhar no espelho, ou em uma sessão de conversa interior. Estas coisas que deixamos de fazer são como flocos de neve que podem ocasionar uma avalanche. E quem estará girando e girando, perdido e sem saber aonde chegará, seremos nós mesmos. Só nós temos a capacidade de fazer com que este simples e potencial floco de neve se torne uma gota d’água, e só nós tempos a capacidade de transportá-la para o copo que nos completa. Afinal de contas, não se pode perder uma gota, não se pode perder nada por nada, pois somos sensíveis o bastante para um dia sentir falta. E é aí que percebemos a importância das pequenas grandes coisas, que deixamos de viver.


Ps: Beijos pra diva LiLa (L)³


Beijos e abraços e até a próxima.