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segunda-feira, 31 de maio de 2010

-> O tempo dentro de outro...

Olá amigos!

       Já faz um tempinho desde o meu último post. E ufa! Quantas coisas aconteceram. Fui obrigado a tirar férias da internet, e como se não bastasse muito, acabei por atrasar o layout do blog, já desenhado. Enfim, espero que estejam todos bem, e muito em breve postarei novamente. Dêem um desconto com o tamanho do post, ta? Lembrem-se que eu passei duas semanas sem postar. risos.


# O tempo dentro de outro...


       Se você pudesse voltar àquela foto antiga, você sorriria daquela mesma forma? Certamente não. Muitas coisas já aconteceram. Você percebe os detalhes, relembra coisas do passado, que até então se comportava de maneira silenciosa. É compreensível perder-se observando um pouco de tudo, para finalmente perceber que o tempo passou e que há coisas que já não existem.
       Viajando através de um objeto antigo, viajando através de um álbum de fotos. Comece pelo palpável e termine com o abstrato. Veja objetos e utilize-os como combustível; nade sem parar até que consiga chegar a areia para encontrar a si mesmo.
       Onde andará aquele brinquedo, aquele enfeite na estante, aquele porta-canetas? Alguns ainda existem, outros foram dados para outras pessoas e nem se quer é possível imaginar se ainda existem. Alguns já desapareceram faz tempo, você pode ter jogado fora sem perceber, mas ao ver ali naquela foto, é quase que imediata a vontade de tocar naquilo de novo imaginando ter aquela sensação de que algo bom ou marcante aconteceu.
        Mas e você? É assustador e ao mesmo tempo gostoso, perceber que amadurecemos e envelhecemos.
        Olho para aquela foto, vejo alguém que não sou mais, vejo alguém que ajudou a construir o que sou hoje, e que paradoxalmente se mantém vivo em algum lugar. Lembra da época em que achávamos que as cadeiras e sofás eram carros? Lembra da época em que a vassoura era um bravo cavalo? E do nosso mundo de faz de conta que sou grande? Aquele sorriso, aquela brisa durante a tarde de sol. Àquelas festas de aniversário, àqueles doces tão irresistíveis. Eu já fui famoso, já fui empresário, já fui muito rico, já fui um cantor famoso, já apresentei programas, já entrevistei muita gente, talvez eu tenha entrevistado mais pessoas do que a Oprah. Eu um dia fui uma criança e em uma época da vida, enquanto ainda era, fiz questão de dizer: eu já não sou uma criança.
      Lembra da época em que falávamos sozinhos, que imaginávamos os nossos eternos amores, e de quando andávamos de bicicleta pelas ruas, que pareciam extensas e exploráveis? Lembra da época em que tomávamos sorvete e corríamos para água do mar de novo? Não perdíamos nada, parecíamos peixes naqueles verões. Lembra da época do primeiro beijo, do frio na barriga do primeiro dia de aula, do primeiro de dente de leite que caiu, do sorriso que o seu primeiro amor te deu? Onde andará aqueles brinquedos que um me acompanharam por um tempo? Onde andará os amigos de escola que constantemente trocavamos palavras; ora por bilhetinhos, ora oralmente, de que nossa amizade seria para sempre? Hoje eles estão pelo mundo. E alguns deles já nem lembro direito e sei que muitos podem não lembrar de mim.
       Lembra dos seus olhos no seu último dia de aula? Lembra de quando você prometeu ligar sempre para os amigos daquela época? Sonhos e mais sonhos, eles apesar de parecerem eternos, mudam. Mudam assim como o seu corpo. Sem que você perceba, sem se dar conta de que o mundo esta girando e cada vez mais se estar vivendo. A mudança é lenta ou talvez muito rápida. Todos os dias se modificando e até que alguém que não víamos há muito tempo possa reafirmar que mudamos.
       Lembra da época em que as férias do colégio eram mais do que bem vindas? Lembra da época das viagens com a família, com os amigos, com a escola? Àquelas roupas daquelas fotos não te servem mais, mas só você sabe o que viveu com ela. Aliás, onde andará aquelas roupas? E quando se fala em internet? Lembra dos primeiros amigos adicionados no seu e-mail?
       Transformações. Vivemos em constantes transformações. Seria cabível sentir uma leve lembrança da época em que brincávamos e sentíamos o cheiro de comida pronta? Os presentes de Natal, o cheirinho de novo da capa dos livros e dos presentes embalados, as roupas vestidas em cada virada de ano, o que desejávamos nos vestindo daquela forma?
       Procuro saber onde esta muita coisa. Procuro relembrar daqueles objetos escondidos e ao mesmo tempo explícitos nas fotos antigas. Não que eu seja nostálgico e não que eu esteja infeliz hoje. Muito pelo contrário, relembrar as coisas que se comportam de maneira silenciosa é mais do que proveitoso para compreender o que sou e o que serei.
       Lembrei de muitas coisas e até me assustei com tamanhas mudanças. Todavia, isso é mais do que normal, eu cresci. E por mais que hoje eu relembre desses fatos com nostalgia, amanhã relembrarei deste momento em que relembrei. Estou crescendo. Estou percebendo as ruas mudando de cor a cada estação. E sem me dar conta, percebo as mudanças em meu corpo.
        Um dia eu posso estar aqui novamente, de frente para um computador muito mais moderno, repetindo ações antigas que completam o meu eu. E o porquê disso tudo é mais simples do que parece: porque estou crescendo.

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Beijos e abraços e até a próxima.



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