ViniciuS - [blog]: março 2010


AVISO:

Os links: MySpace, Orkut 1, Fotos e alguns internos ao blog encontram-se indisponíveis, devido às mudanças no layout e estrutura do blog. Muito em breve novidades ;)

Pesquisar este blog

quarta-feira, 31 de março de 2010

-> Dentro do coração mantendo a respiração...

Olá novamente amigos.
Conforme eu avisei no outro post, segue o último post do mês de março. E que venha muitas coisas boas em abril. Fiquem com Deus e se cuidem.


# Dentro do coração mantendo a respiração

Certa vez, quando eu era mais novo, me disseram que eu só saberia o que seria amar, quando eu chegasse à adolescência ou quando eu fosse um pouco mais velho. Acho que esta foi uma das primeiras mentiras que ouvi na vida.
Tão cedo senti algo diferente, e mais cedo ainda, percebi algo onipresente. Até então era tudo muito novo, e eu sentia algo especial pelos meus entes. Eu temia só de pensar em perdê-los. Havia amigos que eu sentia um carinho fora do comum. Havia sentimentos dentro de mim, que cresciam sem eu controlar. Eu era apenas uma criança que sentia, aos poucos e aos muitos, o que era amar.
Inquieto como sempre fui, perguntei aos meus pais, e a minha professora: ‘por que amamos?’. Todavia, não me responderam claramente. Na verdade ninguém nunca me respondeu ao certo. E mesmo hoje, um pouco mais velho, percebo que o amor não é algo a ser perfeitamente definido. E mesmo com várias experiências será difícil responder o motivo pelo qual amamos. Talvez seja porque precisamos disso. É isto que, junto com os nossos sonhos, nos mantém vivos.
Não sabemos a razão e nem quando tudo começa, tampouco os protagonistas. O amor é uma surpresa. E senti-lo é sinônimo de ver a vida com outros olhos. Quando se ama tudo é diferente. Os olhos brilham mais, a respiração é mais leve e tudo parece incrivelmente mais fácil, quando se é correspondido. É algo forte capaz igualar os sexos, idades, e as diferentes formas de amar. Todo mundo espera por ele, e há alguns que insistem em dizer poder viver sem, porém é impossível. Ele esta dentro do coração mantendo a respiração. Se até por uma canção, sentindo a brisa do verão, se começa ou se reaviva uma paixão; porque não se entregar a essa imensidão que cresce mesmo quando não percebemos?
Penso que não importa os corpos, até porque eles um dia irão desaparecer, o que vale é o amor que sentimos, não importa por quem ou pelo o que. O amor é único e perdura por eras. Não há como evitar, o coração pulsa sem parar e volta-se a ter a energia de um jovem, mesmo em quem já viveu muito. Estamos amando o tempo inteiro, mesmo quando acontecem fatos desagradáveis, pois precisamos disto para viver e para superar os mais variados empecilhos.

#

Beijos e abraços e até a próxima.



-> Março terminando...

Olá amigos

Depois de quase um mês sem ‘falar’ diretamente com vocês cá estou para falar um pouco sobre tudo. Desde o meu último post do mês de fevereiro até hoje, muitas coisas aconteceram, coisas boas e ruins.
Tenho me comunicado somente pelos textos e também tenho ciência de que o cunho deles é um pouco distinto do que costumo escrever. Mas foi uma época em que realmente precisei escrever assim. Este foi o mês que mais postei aqui no blog. Embora isso me deixe feliz, eu ainda sim, gostaria de esquecer março. Este mês pra mim foi marcado pela ironia de datas e acontecimentos. Incrivelmente paradoxais. Se não tivesse acontecido comigo eu certamente não acreditaria nesta precisão. Vi lados que não precisaria e nem merecia ver. Enfim, foram coisas que não desejo a ninguém. Mas como sempre tento ver o lado positivo nas coisas, por mais difícil que seja enxergá-las algumas vezes. Mas enfim, foram acontecimentos chatos e desgastantes, mas tudo se cessou.
Este mês estava de ‘férias’, sim, agora, risos. Na verdade dias de descanso. Aproveitei para me dedicar a uma coisa que pensei durante o mês de fevereiro, antes mesmo do carnaval, e anseio muito concluí-la. E se Deus permitir irei concluir o mais breve possível e vocês saberão do que se trata.
Vi estes dias ‘A troca’ com a Jolie. Um filme mais do que brilhante. Poucos filmes conseguem de primeira me tocar tanto, e este realmente conseguiu. Sempre gostei muito do trabalho da Jolie. Acho-a fantástica. Aliás, o texto Desaparecidos, depois de concluí-lo percebi que tinha a ver com a temática do filme também, embora o foco que eu tenha dado ao texto seja distinto. Na verdade me veio à idéia de escrever sobre algo que desaparece subitamente, quando saí de casa e vi alguns cartazes de desaparecidos. Percebi que poderia ser completamente adaptável ao que eu passei estes tempos.
Mas enfim, um novo mês se aproxima e eu estou muito animado com ele. Acho que será um mês de novidades. Aliás, as mudanças no blog estão previstas para este novo mês. Mudarei tudo, como sempre afirmei nos posts anteriores irei reformular. Estou com várias ideias legais para cá e certamente irei colocá-las em prática. Iniciarei um novo semestre na universidade e isso completará o espírito de renovação e de novidades.
Evidente que algumas coisas não costumam sumir de uma hora para outra, tudo tem um tempo. E acho que respeita-lo é mais do que saudável. Além do mais o mundo dá voltas e isso é mais do que excitante. E como as pessoas dizem ‘Deus sabe o que faz. Aqui se faz, aqui se paga, tudo que vai volta’. Confio muito neste ditado e acho mais do que aplicável ao momento.
Enfim, o texto que escrevi é leve e gostoso. Eu o escrevi em meados de fevereiro. E paradoxalmente ele marcará uma nova época, por mais que tenha sido escrito no passado. Não é estranho? Risos. Vocês deveriam já estar acostumados com as minhas leis da vida. Risos.

Ah, já ia esquecendo, fiz Twitter. Ainda não mudei a minha opinião sobre o micro-blog, mas resolvi criar um para expor um pouco mais a minha ironia e para dar umas alfinetadas. Risos.

Sem mais, um novo mês se aproxima e terminarei este mês com um texto mais do que apaixonante. Aguardem a próxima postagem.

Mais uma vez, obrigado por tudo, e eu realmente amo todos vocês e todo o carinho que me concedem.

#

Ps: Eu não acho que as pessoas têm o que merecem, acho que elas têm o que precisam.

#

Beijos e abraços e até a próxima.



terça-feira, 30 de março de 2010

-> Desaparecidos...


Todos os dias pessoas desaparecem. Boas ou ruins, elas desaparecem. Todas com uma forma de viver, algumas com elos familiares fortes e outras nem tanto. Cada uma delas é um livro, que compõe uma estante de uma biblioteca, que chamamos de vida.
Elas desaparecem, na maioria das vezes não indicam para aonde foram, ou o que aconteceu. Por vezes são seqüestradas, outras vezes se perdem no mundo, ou simplesmente estavam no lugar errado e na hora errada e acabaram assassinadas ou instantaneamente sumiram. Os entes próximos se desesperam. Imediatamente um vazio e sentimento de perda é instaurado. Até que chegue uma notícia definitiva indicando se o indivíduo esta vivo ou não, sofrem com a dor da dúvida por almejar a verdade. Isto é mais do que desgastante, é realmente algoz. Imagine a dor ao olhar para o telefone e imaginar que por ali pode chegar uma notícia boa, ou que pelo menos propicie o alívio; ou olhar para porta e imaginar que por ali pode entrar a pessoa desaparecida ou alguém com informações verídicas que dêem um desfecho para situação.
Nestes casos o final é mais do que imprevisível. Feliz, nem sempre. Triste, talvez. Duvidoso, sempre. Quem perde alguém querido por este desaparecer do nada, talvez, sofra mais do que saber que este alguém já não esta presente. A dor da dúvida é realmente insuportável, e imaginar que tudo pode ficar bem às vezes é mais do que difícil. Por mais que exista fé e esperança o tempo inteiro, ainda sim é difícil.
Com os sentimentos é quase a mesma coisa. Evidente que são dores distintas e contextos distintos. A semelhança esta justamente no fato de que todos os dias, também, sentimentos subitamente desaparecem. Há pessoas sofrendo devido à ausência, há uma esperança de um retorno, e há uma dúvida fora do comum se tudo foi real, se ainda existe e se ainda irá voltar. Eles desaparecem sem deixar rastros. Quem os seqüestram, ou os assassinam, ainda que involuntariamente não imaginam o quão doloroso pode ser. A linha que separa o real da ilusão é muito tênue. De uma hora pra outra, por mais espantoso que possa parecer, sentimentos podem desaparecer.
Em ambos os casos tudo pode terminar bem, mal, ou na dúvida. Mas quem sabe ao certo, se a biblioteca da vida muda o tempo inteiro? Com a biblioteca de sentimentos não é diferente. E de uma hora para outra um amor desaparece ou se transforma em aversão, ou uma aversão desaparece e vira amor. Tudo é mais do que imprevisível, pelos simples fato de falarmos de coisas que não são projetadas para descrever, e sim, para sentir.


#

 

Beijos e abraços e até a próxima



quinta-feira, 25 de março de 2010

-> Entre muros e escombros...



Era maçante. Todos os dias ele acordara cedo e partia para construção de sua casa. Erguia durante o dia os mesmos muros, sob um sol escaldante ou sob tempestades, e a cada tijolo encaixado ele sentia uma responsabilidade e envolvimento naquilo.
Era maçante. Todas as noites alguém, conhecido ou diferente, aparecia e destruía todos os muros, e ele voltava à estaca zero. Era desgastante demais, nem ele sabia como arrumava forças para levantar todas as manhãs e reconstruir tudo que ele tanto se entregou construindo.
Era triste, melancólico e algoz perceber que tudo que fora erguido e cristalizado se desmanchava em questão de segundos. Ele sentia-se frustrado, pois tudo era volátil demais. A efemeridade da situação o incomodava deixando-o descrente de tudo. Seu semblante fitava tudo de maneira distinta, e embora confuso, ele sabia parte do que sentia e o que realmente apetecia. Uma construção sempre a espera da demolição, como algo perecível. Isto era angustiante.
As pessoas têm o dom de construir extensos universos, algumas vezes involuntariamente, mas em questão de segundos; anos, meses, sentimentos, e significados parecem deixar de existir, tornando-se ocultos, ou, por azar, se convertem em escombros. Tudo pode continuar existindo, mas agora com um contexto e significado diferente.
A diferença em questão nem sempre é algo bom para quem esta construindo muros. É maçante e tedioso ter de construir e reconstruir algo em intervalos muito curtos. A volatilidade nem sempre se faz presente quando se muda tudo o tempo inteiro. Suspiros, sentimentos, desejos e sonhos não desaparecem de uma hora para outra sem algum motivo. Se eles estão se atenuando é porque algo já passou ou se quebrou. Mas nada é tão definitivo e previsível. Entretanto algo é mais do que certo: as pessoas constroem e destroem o tempo inteiro. Não só dentro de si, mas também fora, com os outros através de ações ou palavras.
A linha entre o agente destruidor e vítima são tênues e a mudança de lados é muito mais volátil e inesperada do que realmente aparenta ser. A construção de muros é mais do que necessária, a destruição também, desde que não seja tão algoz e presente, pois é mais do que difícil acreditar em algo quando se têm alguém todas as noites destruindo o que parecia concreto e real. É maçante e ao mesmo tempo construtivo se perder entre muros e escombros. O problema é que nem sempre conseguimos nos manter neste ritmo da obra.


#

Sonhos, sonhos...

#

Reformular...

#

Beijos e abraços e até a próxima.


segunda-feira, 22 de março de 2010

-> Foi apenas um sonho...



Ele acordara, mas sentia que precisava continuar dormindo. Só o sono trazia o que ele precisava no momento. Sentiu o seu rosto úmido, percebera que havia chorado por um tempo. Levantou instintivamente e abriu o seu armário. Retirou o lençol e o forro de cama daquele dia em que se sentira bem. Ele sentia que precisava voltar para o começo. Se ele pudesse registrar a cena que protagonizara, certamente sentiria um remorso e pena de si mesmo por fazer algo assim. Arrumou a cama do mesmo jeito, vestiu a mesma roupa, usou o mesmo perfume, e ficou a esperar o tão almejado sonho.
Ele havia se enganado, esperado demais, tudo foi apenas um sonho. Um único sonho. Não daria jamais para voltar a ele. Ele já havia se secado e evaporado no tempo. Ele havia deitado de forma rígida e imóvel, como se quisesse refazer os passos daquele dia. Até que ele parou de vez e cansou, na verdade ele fora vencido pelo sono e cansaço.
Foi durante uma das quebras de um dos sonhos que fora percebendo os fatos. Ele percebeu que não havia mais condições de continuar a sonhar com aquilo. Por mais que tenha feito bem, não podia mais. O encanto terminou. Ele cansara de ilusões, mentiras e pedradas.
Ele não se sentiu culpado por pensar assim. Havia mais do que um motivo para desistir disso. Ele havia cansado, se desgastado e algo havia se quebrado e não haveria uma forma de se colar.
Com uma perspectiva distinta levantou da cama, retirou a umidade do rosto e mudou toda a ordem que havia construído. Trocou tudo que lembrava àquele sonho. Aos poucos se sentiu bem.
À noite chegara e ao começar a dormir fora interrompido no meio de mais um sonho. Agora já percebia tudo. Respirou e pensou em absolutamente tudo, respondendo para si mesmo e em voz alta: foi apenas um sonho.

#

Lembranças não se apagam. Minha mente registra tudo.

#

Reformular

#

Beijos e abraços e até a próxima.



sexta-feira, 19 de março de 2010

-> Pedalar...


Tão apaziguador, tão simples, tão belo. O lugar era realmente belo. Havia uma casa simples, mas muito aconchegante. Uma árvore para dar sombra e o chão coberto por um verde mais do que vivo. A sua bicicleta de cor vermelha enfeitava o ambiente e completava a fachada da humilde casa.
Ele estava deitado, olhando para o azul brilhante do céu. Pensara em muitas coisas, em muitos fatos e em muitas pessoas. Ele havia andado muito de bicicleta e parou para descansar. Encontrou o conforto por um tempo. Debaixo da sombra da árvore, leu um bilhete que lhe dizia coisas boas, ele se perguntou se aquilo fazia sentido e se o bilhete que ele enviara ainda existia ou havia virado papel de rascunho no meio de bugigangas. Ele sentia falta de pequenas coisas, mas a sombra da árvore o protegia. Parecia que o tempo inteiro tinha de afirmar e reafirmar lembranças. E nada parecia tão real. Ele estava bem, estava engajado em outras coisas e ainda precisava voltar a pedalar. Na verdade, ele havia caído porque andou com muita pressa, precisava encontrar a sombra, pois o sol incomodava demais.
Vendo gravetos no chão verde, focou-se neles e levantou. Havia pensando o suficiente, havia descansado o suficiente, o que ele poderia fazer agora, se não continuar a caminhar? Na verdade, ele tinha em seu consciente a pergunta ‘o que eu poderia fazer?’. Embora isso o deixasse inquieto e preocupado, tudo que ele poderia fazer era pedalar e pedalar, até que a noite apareça e a quentura diminua. Entretanto há noites que faz frio, o que poderá aquecê-lo? O calor irá fazer um pouco falta, e ele sentia falta de um bom cobertor. Um cobertor de tamanho único: um abraço.
A casa e o clima era apaziguador, mas ele precisava sair dali. Foi isso que ele fez, pedalando ao passo do seu fôlego, buscando um dia agradável ao lado de pessoas agradáveis.
Com uma mochila e coisas invisíveis nas costas, ele continuou a pedalar...


#

PS: Sim, ainda preciso viajar...
#

Reformular...

#

Beijos e abraços e até a próxima.


segunda-feira, 15 de março de 2010

-> Novos ares...



Amigos, amigas, colegas, pessoas queridas, preciso viajar. Sim viajar, acho que só uma viagem me faria bem agora. Sabe quando você coloca as coisas na balança e percebe que há um desequilíbrio? E isso incomoda tanto porque é acompanhado de um sentimento de culpa? Pois bem, me sinto assim. E acho que uma viagem para respirar novos ares seria mais do que interessante. Desde que o destino seja válido.
Bom, acho que vou me afastar um pouco do blog e da internet, porque tenho alguns projetos para executar. Sempre que vier a vontade de falar aqui, irei postar. Além do mais o blog precisa de uma total reformulação, em relação a tudo, pensei em várias coisas legais.

Logo logo, e muito mais breve do que imaginam, eu mudarei tudo, assim como eu mudei nestes últimos meses. Enfim, por agora tudo que eu preciso é respirar e viajar. Aproveitarei que estou de férias – sim, férias agora ¬¬’ – para pensar nisso e em outras coisas mais...

Enfim, beijos e abraços e até a próxima. Se cuidem, amo todos vocês!


sábado, 13 de março de 2010

-> Em seus devidos eixos...


Os primeiros dias costumam ser ótimos, tudo é muito novo, os sentimentos estão em ascensão e todos os erros e defeitos estão ocultos. Depois de um tempo tudo entra em seus devidos eixos.

Os primeiros dias costumam ser péssimos, se esta arrasado, não há vontade de fazer nada. E todos os defeitos estão explícitos e todos os sentimentos lutam para entrar em declínio. Depois de um tempo, tudo entra em seus devidos eixos.
Às vezes se quer muito, mas não há condições e subsídios para que algo dê certo. As pessoas são dinâmicas e muitas delas não sabem suportar ou receber algum sentimento. Talvez porque nunca tenham tido por alguém, ou por ela mesma, ou ainda por não possuir maturidade e suporte para tal. E como sempre foi perceptível que tudo novo costuma ocasionar algum medo, é mais do que natural às reações paradoxais. Mas no fundo todo mundo sabe o que quer e o que realmente fazer. Só não possuem, ainda, uma coragem para executar. Procuram formas de mascarar e destruir os fatos, mas muitas destas tentativas são falhas antes mesmo da execução. Entretanto, o movimento dos primeiros dias quase sempre é presente. Afinal de contas o mundo gira, as coisas esfriam e esquentam sem nos darmos contas, e ainda sim percebemos que estamos apenas crescendo. São os efeitos dos primeiros dias...




Depois de um tempo, tudo entra em seus devidos eixos.


#

PS¹: Letras conversam em minha mente, elas querem me dizer algo que no fundo eu já sei...
#

Reformular...

Beijos e abraços e até a próxima...



quarta-feira, 10 de março de 2010

-> A chuva...


Aos poucos o céu começara a indicar que a chuva iria começar. Ninguém esperava que fosse algo muito forte e demorado. Havia muitas coisas sujas que esta água da chuva poderia ser útil ao passar e lavar. Quando a tempestade começou e os raios começaram a preencher o ambiente, tudo se tornou tenebroso. A chuva permaneceu por um tempo. O tempo suficiente para causar estragos e danos irrecuperáveis. Coisas que antes brilhavam porque haviam sido regadas e nutridas agora brilham, mas não por causa da nutrição, e sim por causa da chuva.
Uma tempestade que parecia não ter fim, ou melhor, se configurava e aparecera de uma maneira inexplicável. Muitos tiveram medo, e era visível que algo de estranho e fora do normal havia acontecido. Os rostos comunicavam, as palavras eram postas para fora, mas a recepção era algoz. Entretanto, logo que começa a diminuir o ritmo, as coisas começam a voltar ao normal. Quem antes se preocupava ou sofria por causa da chuva, logo, através de um calor oriundo do que realmente faz bem, começara a dar os primeiros sorrisos e tudo caminhava para normalidade e conforto. Evidentemente ninguém conseguirá esquecer o efeito desta chuva, ela propiciara estragos irrecuperáveis. Mas como já fora dito, ela serviu para lavar e levar coisas sujas. Por mais que para isto algo tenha brilhado com uma natureza distinta. A única certeza e forma de encontrar o conforto seria acreditar que no fundo tudo iria acabar bem.
O inesperado, chocante, agonizante e algoz, poderia e deveria ser levado com esta chuva. Havia coisas demais, havia pontos e fatos que ninguém melhor do que os protagonistas saberiam como decifrar e quiçá compreender. A chuva era esperada, as conseqüências também. Mas tudo assume um caráter diferente quando há maneiras distintas da chuva chegar. O lado mais inocente, embora forte, costuma sofrer mais. Um paradoxo da vida, mas até os mais fortes são abalados.
Enfim, as gotas estão ou irão diminuir, e logo o primeiro sorriso e as primeiras chamas se reaquecerão e tratarão de por tudo em seu devido lugar, ocasionando um conforto fora do normal. E quem sabe depois de toda a chuva, chegará os dias felizes de sol. Como os dias de verão sem tantas frustrações e com várias emoções. Mas as emoções em questão, são emoções positivas a ponto de realmente fazer bem.

#

PS: O tempo irá passar, mas uma coisa eu sei que não vai mudar: o meu desprezo por sentimentos como inveja e egoísmo além das pessoas mentirosas e sínicas.

#


Palavra chave: Reformular.


Beijos e abraços e até a próxima.




segunda-feira, 8 de março de 2010

-> O observador...



Em algum lugar do seu universo pessoal há um observador. Ele decifra e monta seus passos e por vezes consegue ver coisas que dificilmente um humano dopado de sentimentos conseguiria ver. Por vezes ele é frio demais, é objetivo com as coisas que fazem mal. E ele percebe que a dor da ilusão e da dúvida são as que mais fazem mal.
São momentos inquietantes e por vezes algozes. O observador consegue ver tudo, inclusive todo o sofrimento, mas ainda assim nada faz. A pergunta sempre é ‘por que?’ A resposta pode ser o aprendizado e a alquimia de transformar coisas ruins em coisas boas. Mas entram os questionamentos do tipo: e a dor, e as lágrimas e as pedras caindo na cabeça? Tudo isto é capaz de ferir da mais nobre e pura das almas, até as mais desonestas e sujas possíveis. Como lidar com tantos paradoxos e empecilhos? Se na vida os sentimentos e desafios aparecem e modificam tudo o tempo inteiro?
É estranho sentir que àqueles sentimentos já vividos e superados estão voltando. E suportar este retorno é algo inimaginável, pois entra uma carga de vivências, expectativas e ilusões tão intensas que manter o fôlego é algo realmente milagroso. E por mais que seja insuportável ouvir de você mesmo, ou dos outros, coisas como: ‘eu avisei’, ‘eu já sabia’, ‘eu já sentia que... ’ é possível compreender e aprender a dar mais valor a estas pequenas intuições. Tenho total ciência de que mesmo ouvindo-as ainda é possível se arriscar se jogando em um abismo.
As palavras do dia são: recomeçar, recriar, renovar-se. Mas isso não significa jogar fora tudo que foi vivido, que fora superado e quiçá ‘esquecido’. Por vezes é preciso ser o observador, olhando as coisas com frieza e objetividade, sem se culpar por isso e sem ficar remoendo dores ou sentimentos. Às vezes é preciso acreditar que todos eles não existem ou que são fracos para poder abalar o estado de espírito. Quem sabe depois de tudo isso, e de mais umas idas e vindas, ilusões e desilusões, é possível dizer que agora existe uma pessoa mais forte.

#

Reformular...


Beijos e abraços e até a próxima.