ViniciuS - [blog]: abril 2010


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segunda-feira, 26 de abril de 2010

-> O que vivemos?

Olá amigos;

Apesar do tamanho, acho que vale a pena ler para pensar depois...


# O que vivemos?     
    

           O mundo não pára. O tempo não congela. A hodierna forma de viver neste mundo inquieto, nutre em nós uma sensação de que precisamos estar em movimento e efetivamente gastando vida. Precisamos acreditar que cada segundo vivido faz sentido. Precisamos acreditar que tudo que nos chega será imprescindivelmente absorvido. Mergulhamos neste contexto onde buscamos abarcar tudo e acabamos conseguindo de fato, muito pouco.
          O dia possui 24 horas, mas quantas coisas precisamos fazer nelas? 24 horas são ínfimas perto de um universo de coisas a fazer, certo? Precisamos estar lendo tudo, conectados ao mundo, precisamos estar ouvindo novas músicas, ou redescobrindo antigas, precisamos viver o lado pessoal, precisamos nos relacionar com várias pessoas - ou pelo menos nos relacionar - precisamos estar perfeitos, excluídos o máximo possível de qualquer falha, sempre esbeltos e atraentes, sempre tão vivos, precisamos acreditar que estamos vivendo e que nossa vida é atraente e que somos felizes a todo o custo. Será que sobraria tempo para ser humano? As necessidades biológicas, embora indispensáveis, são meros detalhes perto das outras coisas a fazer. E o plano sentimental, como será que ele se move dentro deste sistema?
           Alimentamos a idéia de termos muito. Quanto mais sucesso, amor, felicidade, dinheiro, e tantas outras coisas, melhor. A lei agora é o querer tudo, mesmo ciente de que não é possível. Nos iludimos muito achando que temos, ou que teremos de ter de qualquer forma. As pequenas coisas desaparecem. Tornam-se efetivamente pequenas. O invisível se torna invisível de fato. A sutileza e a paz são fragmentadas e turvas. Tudo parece extremamente superficial. Ainda que não nos imaginemos vivendo superficialmente, vivemos.
          Quando você vê vários filmes, lê vários livros, visualiza e conhece muitas pessoas, você consegue efetivamente guardá-los por muito tempo, ou só pelo momento em que são úteis? O que você realmente leva para vida? Quantos de nós possuímos uma lista de pessoas que nunca vimos na vida, na internet? A quantidade de pessoas que um adolescente conhece hoje é incalculável. Na verdade, é muito menos do que isto. Ele cria a idéia de que tem muitos amigos. Mas quantas pessoas efetivamente estão ali para ajudá-lo? E quantas são possíveis de se confiar? Confiança não se vende em prateleiras e nem esta disponível para download, elas crescem naturalmente ao passo de cada respiração. Quantas pessoas efetivamente você precisa para viver? Será que uma lista com 600/900/1000 pessoas faz sentido? Certamente você não conhece bem 5% destas pessoas, mas elas juntas funcionam como ‘eu estou sendo amado’, ‘olha quantas pessoas querem conversar comigo, quantas gostam de mim’. Ilusão. Pura ilusão. Basta você mudar a sua foto e algumas delas logo perguntaram, ‘quem é você?’ ou vice versa. E os seus vizinhos? Você os conhece, ao menos cumprimenta todos eles? E quantas pessoas você ignora porque esta atrasado demais, sempre correndo?
          E quanto às músicas e ao visual? Os HDs cada vez maiores porque se tem muitas informações para se armazenar. Os hits da semana, os cantores no auge, tudo tem de caber na palma da mão, para que possamos estar suspirando na nova onda e acreditando que estamos realmente vivendo e deixando ser tocados. Entretanto, de uma infinidade de músicas que você escuta, e que você acredita estar absorvendo, quantas ou quais realmente tocam, encantam e aguçam o seu estado onde você estiver, em qualquer momento quando você aperta o play?
          Livros, sites de notícias, informações... Precisamos estar sempre com os olhos cheios e cérebros atualizados. O mesmo aos aparelhos eletrônicos, quanto mais novos, melhor. Vê se muitas coisas por cima, os detalhes são ocultos, e as pequenas coisas? Uma rotina interminável, muitos livros para ler, muitos para sintetizar, muitos para ter o que conversar em uma roda. O mesmo da novela, dos programas e dos filmes. Vemos muitas coisas, mas pouquíssimo tiramos em termos plausíveis. Estórias repetidas, sentimentos desgastados. O que antes chamava atenção agora precisa ser trabalhado várias vezes na tentativa de obter alguma comoção. Certamente algum de vocês podem pensar: ah eu leio muito, eu escuto muito, eu absorvo muito. Mas é certeza que não. Não digo isso para desestimular ninguém, muito pelo contrário, acho que o muito neste caso não serve para tanto. Muitas coisas ocultam outras, as pequenas coisas principalmente. E ter muito, não significa necessariamente aproveitar.
          Quantos de nós já paramos para fitar o cotidiano, e ver como tudo parece previsível e imprevisível simultaneamente? Quantos de nós paramos para ouvir a voz interior? Não só quando se tem problemas, mas naturalmente. Será que temos tempo diante das várias relações e coisas que temos de fazer e absorver? Quantas pessoas efetivamente já viram o dia passar, sentiu o seu cheiro, a sua cor, o seu calor tão próximos? Quantos sorrisos você já deu, e quantos deles foram tão vívidos a ponto de em sua memória haver um registro emotivo? Não se trata de uma mera emoção, se trata de fato, de uma grande emoção. O grande aí faz sentido. Quantas vezes precisamos da auto-afirmação? E quantas vezes agimos só para provar para o mundo que temos isso e que somos aquilo? O que o mundo nos cobra, é o que realmente precisamos para estarmos felizes?
          Continuamos recebendo tudo e repetindo como um papagaio as coisas que estão na ‘moda’ ou que são atuais. Mas volto a dizer, o que realmente você pode concluir observando tudo? Eu posso dar um exemplo. Você vê o céu e se perde na quantidade de estrelas. Se você pudesse ver o universo completo, o que você guardaria se não uma imagem muito tênue perto do tamanho real que ele é? Veríamos pontos que são planetas, todavia, não poderíamos nos dar ao luxo de vermos um só, porque se tem vários para observar. E nesse ponto/planeta, dentro dele, quantas vidas e formas de viver existem, o que veríamos não vendo? Uma infinidade de coisas que se tornam pequenas. Essa matemática paradoxal realmente faz sentido? Faz sentido se ter muito, almejar muito e no final ter sentido e efetivamente aproveitado pouco? Você já olhou as coisas com outros ângulos? A sua casa, por exemplo, você já olhou de formas distintas? O seu próprio quarto, o seu corpo?
           Cada um tem a sua forma de viver, precisamos desta singularidade, contudo, elas muitas vezes se aproximam, porque queremos demais. Porém, o que temos é efetivamente pouco. Não valeria mais a pena olhar pouco e ter muito? Não seria proveitoso chegar as nossas próprias emoções sem que elas tenham de ser enlatadas? Será que não seria proveitoso ter o pouco, mas suficiente para completar? Talvez você ache besteira, e que realmente precisamos nos movimentar desta forma, vivendo do muito. Estando alheios e cegos para muitas coisas. É a sua escolha. Se é certo ou errado, não me cabe julgar. Mas tente perguntar para você mesmo ao ver tudo e cair de cabeça nele: o que realmente faz sentido, o que realmente toca, o que realmente deixa bem. Você consegue ser sensível o bastante a ponto de perceber o que precisa? Será que a sua sensibilidade não seria enlatada, ou você não consegue senti-la por viver muito? Por ter medo de que ela possa lhe roubar segundos de sua vida?
           Você busca o que precisa ou o que os outros dão a entender que você realmente precisa? Eu não quero dizer que o muito é inútil, eu só quero dizer que o muito, enquanto muito e superficial, é muito pouco ou nada...


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Beijos e abraços e até a próxima...



quarta-feira, 21 de abril de 2010

-> E o futuro?

Olá pessoas;

Como estão? Espero que muito bem. Feriado chuvoso aqui na Bahia. E olha que nem estava previsto para chover, mas enfim, falando em chuva, semana passada foi A semana, nunca peguei tanta chuva assim, por sorte não fiquei resfriado. Semana passada começaram as minhas aulas, e já tenho muitas coisas para fazer. Meu primeiro dia teve de brinde uma senhora louca (é melhor que eu não entre em detalhes, risos). São coisas que acontecem comigo, fazer o que. Enfim, eu estou bem e quero muito terminar o layout daqui antes de maio, com algumas novidades. É estranho, mas sinto as coisas diferentes, mas eu não sei o que aconteceu.

# E o futuro?

Qual será a minha reação? O que sentirei? São perguntas que faço quase sempre, quando sinto e percebo o movimento das coisas mudarem. Eu poderia esquecer um pouco isso, porém, é utópico imaginar que pensar no futuro é algo possível de ser interrompido tão facilmente assim. É involuntário.
Quantas vezes me distraio e me perco em meus pensamentos longínquos, imaginando como será a minha vida daqui há alguns dias ou anos? Como estarei? Com quem quero estar? Às vezes sinto que estou pensando demais no futuro e esquecendo de viver o presente. É como se o futuro assumisse uma força incontrolável e eu não pudesse fazer nada. Eu sei que as minhas ações de hoje são as sementes do meu amanhã, sei também que tudo é conseqüência e que nada é isolado. Mas e as lembranças do passado, e os desejos do futuro?
Viver, viver, viver... Seria utopia a afirmação ‘viva sem pensar no amanhã’? Bom, já adianto que eu não consigo, pelo menos não por muito tempo. Eu preciso estar um pouco ‘seguro’ de que o passo que estou dando hoje não irá me atrapalhar no de amanhã. Não que eu esteja controlando a minha forma de viver ou pensar, tampouco querendo deixá-la previsível. Acontece que eu me preocupo com o que preciso e o futuro é algo que me apetece muito, assim como viver o presente.
Acreditar naquilo que sonho é mais do que uma necessidade pra mim. Acreditar no que quero podendo se tornar real também. Daí vem as perguntas: qual será a minha reação e o que sentirei? Não saber as resposta não me incomoda, seria mais do que gostoso ser recebido pela surpresa. O que me incomodaria é sentir que estou parado, deixando a vida escorregar pelos meus dedos. Sentir que tudo que quero é ilusório, e que o tempo gasto pensando no futuro fora um mero desperdício.
Imagino que viver uma vida previsível deva ser entediante. Uma única rotina, deveres e pessoas. Tudo regrado. Desgastante e maçante. Um dos grandes baratos da vida está em viver de maneira oposta a esta previsiblidade. Mas não confunda estabilidade com previsibilidade. São duas coisas distintas.
Penso que dentro desta vivência seja possível imaginar um futuro. E pensar em como alcançá-lo também. Desejamos muitas coisas, desejamos coisas distintas em momentos distintos. Acho que mais utópico do que a afirmação ‘viva sem pensar no amanhã’ seria dizer que os sonhos e desejos serão sempre os mesmos. Usamos a palavra 'sempre' e 'para sempre', mas não temos a idéia do que isto representa de fato, usamos sem a menor responsabilidade, usamos quando convém. E por muitas vezes o 'para sempre' é na verdade um 'por algum tempo'. Se tudo muda, como posso imaginar e querer a eternidade, mesmo sabendo que ela pode existir? É inquietante, mas é real, nós nos surpreendemos muito em diferentes momentos da vida, mas tudo isso só acontece porque estamos vivendo.
Por isso as costumeiras perguntas: Qual seria a reação? O que sentirei? Muitas expectativas e uma só resposta: eu não sei, mas quero e preciso viver.


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Beijos e abraços e até a próxima.



sábado, 10 de abril de 2010

-> Eu tenho você...


Olá pessoas como estão? Eu estou bem. Mudanças aqui estão previstas para até o final do mês. Qualquer novidade postarei no twitter. Devo confessar que estou cada vez mais viciado na Allen. Seus álbuns são muito bons. Adoro cantores ingleses eles dão outro foco para as músicas. Rotina voltando nesta segunda feira. Estou animado? Nem tanto, mas fazer o que né? Parado não posso ficar. Uma semana triste devido aos efeitos da chuva, sobretudo no Rio de Janeiro. Minha sincera solidariedade.
Sinto saudades de novidades musicais sobre Amy, o James e a Britney. E queria um CD novo da Allen também. Ai ai, quero muitas coisas. Mas este sou eu, não poderia ser diferente, não é verdade? Risos.

 
# Eu tenho você...


O cheiro do café e a tímida luz do sol indicavam que um novo dia estava começando. Levantei da cama e pude fitar um sorriso espontâneo. O sorriso mais doce que eu já havia visto: o seu sorriso. Sem fazer movimentos fortes sai dali e fiquei a observar a luz tímida, que tentava sair em meio às nuvens. Era o quente e o frio em uma combinação perfeita. Fazia frio quando tinha que fazer, fazia calor quando o frio começara a incomodar. O som do natural apaziguava o ambiente.
Fui surpreendido pela sua presença ao me abraçar e me roubar um beijo. Estávamos ali, olhando para o horizonte, sentindo o cheiro da terra molhada, abraçados pelo vento, pensando nos novos dias e nos novos sonhos que nem sabíamos que havíamos sonhado.
Duas pessoas diferentes levadas pelo amor. Senti suas mãos, senti o seu cheiro. Por um momento pensei que o mundo poderia ser aquilo ali, só eu e você. Ou se ele acabasse me sentiria o mais feliz por ter estado com você.
Quando você disse ‘bom dia’, com o seu leve sorriso, me senti como se estivesse no paraíso. É em momentos como esse que percebo não precisar de muito para ser feliz. Basta as pequenas coisas e os pequenos grandes momentos ao lado de alguém que amo.
Nada naquele momento me transmitia mais paz do que a sua presença. Seu sorriso foi o que me fez esquecer de muitos momentos ruins que eu havia passado. Acho que ele é mágico. Tão mágico quão o momento em que estávamos muito próximos. Tudo ficara gravado em minha mente na área das melhores lembranças de quando não se tem preocupações, de quando não se quer que o tempo haja para esquecer de algo.
Tocar em seu rosto, receber o seu toque, roubar-te beijos, ganhar muitos outros. Nada é melhor do que isso. Receber o seu abraço, de tamanho único, sentir o seu calor, sentir a sua presença, receber o seu carinho. Nada é melhor do que isso. Nada naquele momento era melhor do que a harmonia entre eu e você. Só os nossos corações saberiam dizer o que aquele momento representava. Só os nossos corações se comunicavam. E o felizes para sempre? Eu não sei, mas o que posso dizer é que você esta me fazendo feliz cada vez mais. Para que perder tempo cobrando uma eternidade, se durante este tempo eu posso estar com você?
Tudo junto, tudo misturado, tudo que é nosso é moldado por ações involuntárias de nossas almas apaixonadas. O dia estava só começando nossa relação está crescendo e crescendo. E saber que tenho você me deixa tranqüilo para enfrentar a chuva, o sol escaldante ou qualquer outra coisa. Entre o frio na barriga e ansiedade de ver você outra vez me vem na cabeça: eu tenho você. E é isso que me conforta. E é só isso que me conforta. Eu tenho você.

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Beijos e abraços e até a próxima.



segunda-feira, 5 de abril de 2010

-> Coisas invisíveis...



As pessoas comuns diriam, e dizem, que eu estou vendo e procurado coisas onde não existe, mas não é isso. Só eu sei o que me deixa bem, só eu posso sentir o que preciso.
Jamais deixarei de expor a minha sensibilidade por medo de pessoas que possam questionar o meu modo de viver. Sou sensível o bastante para perceber as coisas que me incomodam e que fogem do plano real. Isso ninguém jamais irá mudar.
Mas tudo muda o tempo inteiro, e eu continuo a caminhar com uma mochila de coisas invisíveis nas costas. Eu preciso estar sempre voando e voando porque parado não consigo crescer.

Vinicius G.