ViniciuS - [blog]


AVISO:

Os links: MySpace, Orkut 1, Fotos e alguns internos ao blog encontram-se indisponíveis, devido às mudanças no layout e estrutura do blog. Muito em breve novidades ;)

Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de junho de 2010

->AVISO: MUDEI PARA www.viniciusgerico.blogspot.com

Aviso aos navegantes, o blog mudou de endereço. Agora estou no: http://www.viniciusgerico.blogspot.com/ não deixem de ler e comentar.
Obrigado!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

-> Qual seria o maior medo?

Olá amigos,

Bom, demorei para postar porque de fato me aconteceram probleminhas simpáticos, (que muito provavelmente vocês perceberão quando eu postar o próximo post) risos, mas agora estou aqui. Mas e vocês? Tudo bem? Espero que sim. Bom, tenho trabalhado muito no novo layout do blog e ele esta praticamente pronto. Falta só uma coisa. Breve vocês poderão ver, aliás, algumas pessoas já viram e gostaram muito. Enfim, até breve e quem sabe já no novo layout.

# Qual seria o maior medo?

Em uma manhã corriqueira, cheia de coisas para fazer, decidi resolver problemas no banco. Sempre fui impaciente e odeio esperar. Porém como o problema era aparentemente simples, imaginei que não perderia muito tempo.
Lá estava às 10 da manhã. Preocupado com o tempo que poderia perder, fui direto e objetivo ao chegar à agência. Para minha decepção, o atendimento demorou e muito. Mas o fato curioso a isto, e produtivo enquanto objeto para reflexão, é que nunca antes havia entrado em uma agência, ou outro lugar que já estive, tantos idosos com problemas de saúde, e alguns até graves. Vi uma cena que me deixou impressionado e pensativo. Na verdade, há dias em quanto voltava para casa comecei a imaginar as pessoas, adultas ou idosas, como elas eram crianças. Em meio a essa minha loucura de desenhar os rostos das pessoas mais jovens, imaginei o que realmente importa e o que realmente queremos ao ficar mais velhos. Do que realmente temos medo?
Me veio a cabeça o questionamento de que se as pessoas teriam mais medo das limitações físicas da velhice, ou da solidão. E volto à cena do banco, quando duas mulheres, que aparentavam ter uns 40 a 50 anos, assistiam um senhor de idade - talvez marido de algumas delas, ou talvez, irmão, ou pai, quem sabe - o que me chamou a atenção fora à expressão nos rostos das senhoras e da debilidade do senhor. Elas pareciam possuir toda a energia do mundo. A vivacidade delas ao carregá-lo, aparentava ser mais forte do que a de uma jovem do meu lado. Voltei a minha louca mania de imaginar as pessoas mais novas, e imaginei como seria aquele senhor de idade. Paralelo a isto fiquei a imaginar o uso da energia dele de quando era mais jovem. Talvez muito vivo, corria e descia ladeiras imensas, passava por casas e cumprimentava os vizinhos, e quem sabe cavalgava nos finais de semana, acho que na época dele ainda era uma hábito.
Quem sabe isso tivesse me angustiado um pouco, por várias vezes ver pessoas jovens, dizendo estar cansado e não possuir energia; e ao encontrar em uma senhora tanta energia, foi realmente um fenômeno admirável. E voltando a questão dos medos de se ficar mais velho, veio a questão da solidão. Teríamos medo das limitações físicas ou da solidão? Penso que da solidão. Imagine estar no lugar daquele senhor, debilitado, como estava sozinho. E os efeitos físicos que transformam 20 anos em 20 pseudo dias? Em 20 anos estudei, entrei na faculdade, namorei, conheci pessoas, me diverti com amigos. E em 20 anos para um senhor de idade com sérias limitações de saúde, pareceriam 20 pseudo dias, porque neste tempo, apesar de longo para ele, aos outros pareceria 20 dias por talvez ele não puder fazer mais nada além de ter de ficar em casa. Isso parece angustiante para quem vive nessa situação e pra mim, visto que, eu veria a vida passar, e não estaria vivendo-a. Visitas chegariam hoje, e daqui há 20 anos, voltariam repletas de novidades, e ao senhor, apenas no mesmo estado debilitado, ou pior. Por isso os 20 pseudos dias. Pela distinção do tempo usado por um e por outro.
Realmente fiquei a pensar no que faço da minha energia e das minhas queixas. E percebi que esta angústia de solidão acompanha todos os seres humanos, visto que queremos tudo, menos ficar sozinhos para sempre. Não por causa de ter alguém para ajudar nas restrições físicas, mas sim, na própria questão de relacionar-se e interagir. Pensei, pensei e pensei. 20 anos ou 20 pseudo dias? O que causará mais pânico se não o tempo consumido pela solidão? Qual seria o maior medo?

#

Beijos e abraços e até a próxima!



segunda-feira, 31 de maio de 2010

-> O tempo dentro de outro...

Olá amigos!

       Já faz um tempinho desde o meu último post. E ufa! Quantas coisas aconteceram. Fui obrigado a tirar férias da internet, e como se não bastasse muito, acabei por atrasar o layout do blog, já desenhado. Enfim, espero que estejam todos bem, e muito em breve postarei novamente. Dêem um desconto com o tamanho do post, ta? Lembrem-se que eu passei duas semanas sem postar. risos.


# O tempo dentro de outro...


       Se você pudesse voltar àquela foto antiga, você sorriria daquela mesma forma? Certamente não. Muitas coisas já aconteceram. Você percebe os detalhes, relembra coisas do passado, que até então se comportava de maneira silenciosa. É compreensível perder-se observando um pouco de tudo, para finalmente perceber que o tempo passou e que há coisas que já não existem.
       Viajando através de um objeto antigo, viajando através de um álbum de fotos. Comece pelo palpável e termine com o abstrato. Veja objetos e utilize-os como combustível; nade sem parar até que consiga chegar a areia para encontrar a si mesmo.
       Onde andará aquele brinquedo, aquele enfeite na estante, aquele porta-canetas? Alguns ainda existem, outros foram dados para outras pessoas e nem se quer é possível imaginar se ainda existem. Alguns já desapareceram faz tempo, você pode ter jogado fora sem perceber, mas ao ver ali naquela foto, é quase que imediata a vontade de tocar naquilo de novo imaginando ter aquela sensação de que algo bom ou marcante aconteceu.
        Mas e você? É assustador e ao mesmo tempo gostoso, perceber que amadurecemos e envelhecemos.
        Olho para aquela foto, vejo alguém que não sou mais, vejo alguém que ajudou a construir o que sou hoje, e que paradoxalmente se mantém vivo em algum lugar. Lembra da época em que achávamos que as cadeiras e sofás eram carros? Lembra da época em que a vassoura era um bravo cavalo? E do nosso mundo de faz de conta que sou grande? Aquele sorriso, aquela brisa durante a tarde de sol. Àquelas festas de aniversário, àqueles doces tão irresistíveis. Eu já fui famoso, já fui empresário, já fui muito rico, já fui um cantor famoso, já apresentei programas, já entrevistei muita gente, talvez eu tenha entrevistado mais pessoas do que a Oprah. Eu um dia fui uma criança e em uma época da vida, enquanto ainda era, fiz questão de dizer: eu já não sou uma criança.
      Lembra da época em que falávamos sozinhos, que imaginávamos os nossos eternos amores, e de quando andávamos de bicicleta pelas ruas, que pareciam extensas e exploráveis? Lembra da época em que tomávamos sorvete e corríamos para água do mar de novo? Não perdíamos nada, parecíamos peixes naqueles verões. Lembra da época do primeiro beijo, do frio na barriga do primeiro dia de aula, do primeiro de dente de leite que caiu, do sorriso que o seu primeiro amor te deu? Onde andará aqueles brinquedos que um me acompanharam por um tempo? Onde andará os amigos de escola que constantemente trocavamos palavras; ora por bilhetinhos, ora oralmente, de que nossa amizade seria para sempre? Hoje eles estão pelo mundo. E alguns deles já nem lembro direito e sei que muitos podem não lembrar de mim.
       Lembra dos seus olhos no seu último dia de aula? Lembra de quando você prometeu ligar sempre para os amigos daquela época? Sonhos e mais sonhos, eles apesar de parecerem eternos, mudam. Mudam assim como o seu corpo. Sem que você perceba, sem se dar conta de que o mundo esta girando e cada vez mais se estar vivendo. A mudança é lenta ou talvez muito rápida. Todos os dias se modificando e até que alguém que não víamos há muito tempo possa reafirmar que mudamos.
       Lembra da época em que as férias do colégio eram mais do que bem vindas? Lembra da época das viagens com a família, com os amigos, com a escola? Àquelas roupas daquelas fotos não te servem mais, mas só você sabe o que viveu com ela. Aliás, onde andará aquelas roupas? E quando se fala em internet? Lembra dos primeiros amigos adicionados no seu e-mail?
       Transformações. Vivemos em constantes transformações. Seria cabível sentir uma leve lembrança da época em que brincávamos e sentíamos o cheiro de comida pronta? Os presentes de Natal, o cheirinho de novo da capa dos livros e dos presentes embalados, as roupas vestidas em cada virada de ano, o que desejávamos nos vestindo daquela forma?
       Procuro saber onde esta muita coisa. Procuro relembrar daqueles objetos escondidos e ao mesmo tempo explícitos nas fotos antigas. Não que eu seja nostálgico e não que eu esteja infeliz hoje. Muito pelo contrário, relembrar as coisas que se comportam de maneira silenciosa é mais do que proveitoso para compreender o que sou e o que serei.
       Lembrei de muitas coisas e até me assustei com tamanhas mudanças. Todavia, isso é mais do que normal, eu cresci. E por mais que hoje eu relembre desses fatos com nostalgia, amanhã relembrarei deste momento em que relembrei. Estou crescendo. Estou percebendo as ruas mudando de cor a cada estação. E sem me dar conta, percebo as mudanças em meu corpo.
        Um dia eu posso estar aqui novamente, de frente para um computador muito mais moderno, repetindo ações antigas que completam o meu eu. E o porquê disso tudo é mais simples do que parece: porque estou crescendo.

---

Beijos e abraços e até a próxima.



domingo, 16 de maio de 2010

-> Endividado sem dívidas...

Olá amigos

Como estão? Ah eu não sei como estou. Só sei que ando pensativo demais. Ora distante, ora presente, sinto falta de umas coisas e gostaria de esquecer e eliminar outras. Mas enfim, são coisas da vida. O layout do blog mais uma vez atrasou, ando sem tempo pra terminá-lo, na verdade, eu resolvi mudar o que estava quase pronto. Mas posso dizer uma coisa: o blog vai passar por grandes mudanças. Bom, é isso, postarei novamente durante a semana, tive uma idéia de post muito interessante e estou ansioso pra terminar de escrever ele.


# Endividado sem dívidas...


No banco da praça, com um classificador branco debaixo do braço, ele olhara o movimento. Passou o dia inteiro caminhando de agência em agência atrás de um novo empréstimo. Ele já não sabia mais para quem recorrer. Seu nome já estava na lista dos devedores e dentro do seu classificador só havia recibos e mais recibos cobrando as tais dívidas.
Endividado até o teto. Ele já havia perdido absolutamente todo o crédito na praça, seus olhos diziam que o melhor a fazer seria desistir. A dívida era alta demais, e para efetuar o pagamento seria preciso um esforço muito grande. Abriu sua carteira e viu seus cartões e cheques, todos impossibilitados para uso.
A sua esperança estava em saldo negativo, ele já não podia mais ir ao banco atrás da esperança, seu saldo negativo o impedira, ele já não podia pedir as pessoas, visto que, o seu nome estava mal falado. Um homem devendo esperanças e sem esperanças, como ele pode continuar a caminhar?
No fundo eu o admiro, porque se ele continua a caminhar é sinal de que ele não é tão pobre de esperanças como imagina ser. Acontece que às vezes a vida dá tantas rasteiras, que o saldo por vezes fica negativo, é altamente compreensível. A praça começara a se movimentar, e ao lado aparece alguém que oferece nada além do que um abraço. No mesmo instante ele pergunta: por que me deu um abraço, eu não conheço você, e nem tenho mais credibilidade para receber. Eu sei de tudo isso e por isso resolvi ajudar, quem sabe não chegou à hora de você trabalhar para ter a paz que tanto procura? Acredite: não há ninguém com mais esperanças do que você. Você esta endividado porque ainda não soube demonstrar mais a esperança que carrega. Ela existe ai dentro de você e age o tempo inteiro. Caso contrário, o que explicaria você estar aqui, debaixo desse sol atrás de mais esperanças? Você vive dela e nem percebe. Você não tem dívidas, você só não esta sabendo como utilizar a riqueza que tem.



#
 
 
Beijos e abraços e até a próxima.
 
 

terça-feira, 4 de maio de 2010

-> Lembrança


Estes dias foram realmente nostálgicos. Uma lembrança inesperada e saudosa de um tempo e de uma vida não necessariamente real. Lembrei de você.
Por alguns minutos deitei um pouco e fiquei olhando para o teto. Mesmo depois de absolutamente tudo, eu lembrei do que senti por você. E ainda que eu tivesse achado e tivesse a certeza de que todos os sentimentos se evacuaram, e que você não representa mais nada em minha vida, ainda sim, lembrei.
Num surto de nostalgia e romantismo, pensei nas possibilidades, nas coisas que poderíamos fazer. Estranhamente senti um carinho por você. Não que tudo estivesse recomeçando, mas eu senti uma leve vontade de te conhecer melhor. Talvez para sentir o seu abraço, receber um sorriso e ouvir o timbre da sua voz mais próximo a mim. Mas nada tão forte, nada tão nas nuvens. Depois de muito ter voado, seria entediante começar a caminhar pela mesma estrada, seguindo o mesmo destino e sozinho.
Realmente tentei entender o porquê desta lembrança repentina, como se fosse possível descobrir a resposta. Porém, me senti bem. Não senti tremores e aversão, apenas me senti nostálgico. Talvez eu tenha aprendido a ser indiferente. Talvez você só seja uma lembrança de um passado longínquo. A sua imagem, embora apagada, esta visível para mim, entretanto, ao ver você eu não sinto absolutamente nada. E qualquer movimento que eu faça, qualquer tempo que nos segregue, apagará de vez esta tênue lembrança.
Tudo bem, tudo bem. Nunca estive tão bem. Foi apenas uma lembrança, como acordar durante a noite para pensar um pouco no último sonho. Talvez sem uma semântica clara, talvez por ver um céu nublado frente aos sentimentos. Enfim, lembrei e descobri que aquele sentimento que achei existir, se perdeu no meio de idas e vindas a ponto de torna-se uma poeira levada pelo vento, perdido no mundo e fora de mim.



#


Beijos e abraços, Vi.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

-> O que vivemos?

Olá amigos;

Apesar do tamanho, acho que vale a pena ler para pensar depois...


# O que vivemos?     
    

           O mundo não pára. O tempo não congela. A hodierna forma de viver neste mundo inquieto, nutre em nós uma sensação de que precisamos estar em movimento e efetivamente gastando vida. Precisamos acreditar que cada segundo vivido faz sentido. Precisamos acreditar que tudo que nos chega será imprescindivelmente absorvido. Mergulhamos neste contexto onde buscamos abarcar tudo e acabamos conseguindo de fato, muito pouco.
          O dia possui 24 horas, mas quantas coisas precisamos fazer nelas? 24 horas são ínfimas perto de um universo de coisas a fazer, certo? Precisamos estar lendo tudo, conectados ao mundo, precisamos estar ouvindo novas músicas, ou redescobrindo antigas, precisamos viver o lado pessoal, precisamos nos relacionar com várias pessoas - ou pelo menos nos relacionar - precisamos estar perfeitos, excluídos o máximo possível de qualquer falha, sempre esbeltos e atraentes, sempre tão vivos, precisamos acreditar que estamos vivendo e que nossa vida é atraente e que somos felizes a todo o custo. Será que sobraria tempo para ser humano? As necessidades biológicas, embora indispensáveis, são meros detalhes perto das outras coisas a fazer. E o plano sentimental, como será que ele se move dentro deste sistema?
           Alimentamos a idéia de termos muito. Quanto mais sucesso, amor, felicidade, dinheiro, e tantas outras coisas, melhor. A lei agora é o querer tudo, mesmo ciente de que não é possível. Nos iludimos muito achando que temos, ou que teremos de ter de qualquer forma. As pequenas coisas desaparecem. Tornam-se efetivamente pequenas. O invisível se torna invisível de fato. A sutileza e a paz são fragmentadas e turvas. Tudo parece extremamente superficial. Ainda que não nos imaginemos vivendo superficialmente, vivemos.
          Quando você vê vários filmes, lê vários livros, visualiza e conhece muitas pessoas, você consegue efetivamente guardá-los por muito tempo, ou só pelo momento em que são úteis? O que você realmente leva para vida? Quantos de nós possuímos uma lista de pessoas que nunca vimos na vida, na internet? A quantidade de pessoas que um adolescente conhece hoje é incalculável. Na verdade, é muito menos do que isto. Ele cria a idéia de que tem muitos amigos. Mas quantas pessoas efetivamente estão ali para ajudá-lo? E quantas são possíveis de se confiar? Confiança não se vende em prateleiras e nem esta disponível para download, elas crescem naturalmente ao passo de cada respiração. Quantas pessoas efetivamente você precisa para viver? Será que uma lista com 600/900/1000 pessoas faz sentido? Certamente você não conhece bem 5% destas pessoas, mas elas juntas funcionam como ‘eu estou sendo amado’, ‘olha quantas pessoas querem conversar comigo, quantas gostam de mim’. Ilusão. Pura ilusão. Basta você mudar a sua foto e algumas delas logo perguntaram, ‘quem é você?’ ou vice versa. E os seus vizinhos? Você os conhece, ao menos cumprimenta todos eles? E quantas pessoas você ignora porque esta atrasado demais, sempre correndo?
          E quanto às músicas e ao visual? Os HDs cada vez maiores porque se tem muitas informações para se armazenar. Os hits da semana, os cantores no auge, tudo tem de caber na palma da mão, para que possamos estar suspirando na nova onda e acreditando que estamos realmente vivendo e deixando ser tocados. Entretanto, de uma infinidade de músicas que você escuta, e que você acredita estar absorvendo, quantas ou quais realmente tocam, encantam e aguçam o seu estado onde você estiver, em qualquer momento quando você aperta o play?
          Livros, sites de notícias, informações... Precisamos estar sempre com os olhos cheios e cérebros atualizados. O mesmo aos aparelhos eletrônicos, quanto mais novos, melhor. Vê se muitas coisas por cima, os detalhes são ocultos, e as pequenas coisas? Uma rotina interminável, muitos livros para ler, muitos para sintetizar, muitos para ter o que conversar em uma roda. O mesmo da novela, dos programas e dos filmes. Vemos muitas coisas, mas pouquíssimo tiramos em termos plausíveis. Estórias repetidas, sentimentos desgastados. O que antes chamava atenção agora precisa ser trabalhado várias vezes na tentativa de obter alguma comoção. Certamente algum de vocês podem pensar: ah eu leio muito, eu escuto muito, eu absorvo muito. Mas é certeza que não. Não digo isso para desestimular ninguém, muito pelo contrário, acho que o muito neste caso não serve para tanto. Muitas coisas ocultam outras, as pequenas coisas principalmente. E ter muito, não significa necessariamente aproveitar.
          Quantos de nós já paramos para fitar o cotidiano, e ver como tudo parece previsível e imprevisível simultaneamente? Quantos de nós paramos para ouvir a voz interior? Não só quando se tem problemas, mas naturalmente. Será que temos tempo diante das várias relações e coisas que temos de fazer e absorver? Quantas pessoas efetivamente já viram o dia passar, sentiu o seu cheiro, a sua cor, o seu calor tão próximos? Quantos sorrisos você já deu, e quantos deles foram tão vívidos a ponto de em sua memória haver um registro emotivo? Não se trata de uma mera emoção, se trata de fato, de uma grande emoção. O grande aí faz sentido. Quantas vezes precisamos da auto-afirmação? E quantas vezes agimos só para provar para o mundo que temos isso e que somos aquilo? O que o mundo nos cobra, é o que realmente precisamos para estarmos felizes?
          Continuamos recebendo tudo e repetindo como um papagaio as coisas que estão na ‘moda’ ou que são atuais. Mas volto a dizer, o que realmente você pode concluir observando tudo? Eu posso dar um exemplo. Você vê o céu e se perde na quantidade de estrelas. Se você pudesse ver o universo completo, o que você guardaria se não uma imagem muito tênue perto do tamanho real que ele é? Veríamos pontos que são planetas, todavia, não poderíamos nos dar ao luxo de vermos um só, porque se tem vários para observar. E nesse ponto/planeta, dentro dele, quantas vidas e formas de viver existem, o que veríamos não vendo? Uma infinidade de coisas que se tornam pequenas. Essa matemática paradoxal realmente faz sentido? Faz sentido se ter muito, almejar muito e no final ter sentido e efetivamente aproveitado pouco? Você já olhou as coisas com outros ângulos? A sua casa, por exemplo, você já olhou de formas distintas? O seu próprio quarto, o seu corpo?
           Cada um tem a sua forma de viver, precisamos desta singularidade, contudo, elas muitas vezes se aproximam, porque queremos demais. Porém, o que temos é efetivamente pouco. Não valeria mais a pena olhar pouco e ter muito? Não seria proveitoso chegar as nossas próprias emoções sem que elas tenham de ser enlatadas? Será que não seria proveitoso ter o pouco, mas suficiente para completar? Talvez você ache besteira, e que realmente precisamos nos movimentar desta forma, vivendo do muito. Estando alheios e cegos para muitas coisas. É a sua escolha. Se é certo ou errado, não me cabe julgar. Mas tente perguntar para você mesmo ao ver tudo e cair de cabeça nele: o que realmente faz sentido, o que realmente toca, o que realmente deixa bem. Você consegue ser sensível o bastante a ponto de perceber o que precisa? Será que a sua sensibilidade não seria enlatada, ou você não consegue senti-la por viver muito? Por ter medo de que ela possa lhe roubar segundos de sua vida?
           Você busca o que precisa ou o que os outros dão a entender que você realmente precisa? Eu não quero dizer que o muito é inútil, eu só quero dizer que o muito, enquanto muito e superficial, é muito pouco ou nada...


#

Beijos e abraços e até a próxima...



quarta-feira, 21 de abril de 2010

-> E o futuro?

Olá pessoas;

Como estão? Espero que muito bem. Feriado chuvoso aqui na Bahia. E olha que nem estava previsto para chover, mas enfim, falando em chuva, semana passada foi A semana, nunca peguei tanta chuva assim, por sorte não fiquei resfriado. Semana passada começaram as minhas aulas, e já tenho muitas coisas para fazer. Meu primeiro dia teve de brinde uma senhora louca (é melhor que eu não entre em detalhes, risos). São coisas que acontecem comigo, fazer o que. Enfim, eu estou bem e quero muito terminar o layout daqui antes de maio, com algumas novidades. É estranho, mas sinto as coisas diferentes, mas eu não sei o que aconteceu.

# E o futuro?

Qual será a minha reação? O que sentirei? São perguntas que faço quase sempre, quando sinto e percebo o movimento das coisas mudarem. Eu poderia esquecer um pouco isso, porém, é utópico imaginar que pensar no futuro é algo possível de ser interrompido tão facilmente assim. É involuntário.
Quantas vezes me distraio e me perco em meus pensamentos longínquos, imaginando como será a minha vida daqui há alguns dias ou anos? Como estarei? Com quem quero estar? Às vezes sinto que estou pensando demais no futuro e esquecendo de viver o presente. É como se o futuro assumisse uma força incontrolável e eu não pudesse fazer nada. Eu sei que as minhas ações de hoje são as sementes do meu amanhã, sei também que tudo é conseqüência e que nada é isolado. Mas e as lembranças do passado, e os desejos do futuro?
Viver, viver, viver... Seria utopia a afirmação ‘viva sem pensar no amanhã’? Bom, já adianto que eu não consigo, pelo menos não por muito tempo. Eu preciso estar um pouco ‘seguro’ de que o passo que estou dando hoje não irá me atrapalhar no de amanhã. Não que eu esteja controlando a minha forma de viver ou pensar, tampouco querendo deixá-la previsível. Acontece que eu me preocupo com o que preciso e o futuro é algo que me apetece muito, assim como viver o presente.
Acreditar naquilo que sonho é mais do que uma necessidade pra mim. Acreditar no que quero podendo se tornar real também. Daí vem as perguntas: qual será a minha reação e o que sentirei? Não saber as resposta não me incomoda, seria mais do que gostoso ser recebido pela surpresa. O que me incomodaria é sentir que estou parado, deixando a vida escorregar pelos meus dedos. Sentir que tudo que quero é ilusório, e que o tempo gasto pensando no futuro fora um mero desperdício.
Imagino que viver uma vida previsível deva ser entediante. Uma única rotina, deveres e pessoas. Tudo regrado. Desgastante e maçante. Um dos grandes baratos da vida está em viver de maneira oposta a esta previsiblidade. Mas não confunda estabilidade com previsibilidade. São duas coisas distintas.
Penso que dentro desta vivência seja possível imaginar um futuro. E pensar em como alcançá-lo também. Desejamos muitas coisas, desejamos coisas distintas em momentos distintos. Acho que mais utópico do que a afirmação ‘viva sem pensar no amanhã’ seria dizer que os sonhos e desejos serão sempre os mesmos. Usamos a palavra 'sempre' e 'para sempre', mas não temos a idéia do que isto representa de fato, usamos sem a menor responsabilidade, usamos quando convém. E por muitas vezes o 'para sempre' é na verdade um 'por algum tempo'. Se tudo muda, como posso imaginar e querer a eternidade, mesmo sabendo que ela pode existir? É inquietante, mas é real, nós nos surpreendemos muito em diferentes momentos da vida, mas tudo isso só acontece porque estamos vivendo.
Por isso as costumeiras perguntas: Qual seria a reação? O que sentirei? Muitas expectativas e uma só resposta: eu não sei, mas quero e preciso viver.


#

Beijos e abraços e até a próxima.



sábado, 10 de abril de 2010

-> Eu tenho você...


Olá pessoas como estão? Eu estou bem. Mudanças aqui estão previstas para até o final do mês. Qualquer novidade postarei no twitter. Devo confessar que estou cada vez mais viciado na Allen. Seus álbuns são muito bons. Adoro cantores ingleses eles dão outro foco para as músicas. Rotina voltando nesta segunda feira. Estou animado? Nem tanto, mas fazer o que né? Parado não posso ficar. Uma semana triste devido aos efeitos da chuva, sobretudo no Rio de Janeiro. Minha sincera solidariedade.
Sinto saudades de novidades musicais sobre Amy, o James e a Britney. E queria um CD novo da Allen também. Ai ai, quero muitas coisas. Mas este sou eu, não poderia ser diferente, não é verdade? Risos.

 
# Eu tenho você...


O cheiro do café e a tímida luz do sol indicavam que um novo dia estava começando. Levantei da cama e pude fitar um sorriso espontâneo. O sorriso mais doce que eu já havia visto: o seu sorriso. Sem fazer movimentos fortes sai dali e fiquei a observar a luz tímida, que tentava sair em meio às nuvens. Era o quente e o frio em uma combinação perfeita. Fazia frio quando tinha que fazer, fazia calor quando o frio começara a incomodar. O som do natural apaziguava o ambiente.
Fui surpreendido pela sua presença ao me abraçar e me roubar um beijo. Estávamos ali, olhando para o horizonte, sentindo o cheiro da terra molhada, abraçados pelo vento, pensando nos novos dias e nos novos sonhos que nem sabíamos que havíamos sonhado.
Duas pessoas diferentes levadas pelo amor. Senti suas mãos, senti o seu cheiro. Por um momento pensei que o mundo poderia ser aquilo ali, só eu e você. Ou se ele acabasse me sentiria o mais feliz por ter estado com você.
Quando você disse ‘bom dia’, com o seu leve sorriso, me senti como se estivesse no paraíso. É em momentos como esse que percebo não precisar de muito para ser feliz. Basta as pequenas coisas e os pequenos grandes momentos ao lado de alguém que amo.
Nada naquele momento me transmitia mais paz do que a sua presença. Seu sorriso foi o que me fez esquecer de muitos momentos ruins que eu havia passado. Acho que ele é mágico. Tão mágico quão o momento em que estávamos muito próximos. Tudo ficara gravado em minha mente na área das melhores lembranças de quando não se tem preocupações, de quando não se quer que o tempo haja para esquecer de algo.
Tocar em seu rosto, receber o seu toque, roubar-te beijos, ganhar muitos outros. Nada é melhor do que isso. Receber o seu abraço, de tamanho único, sentir o seu calor, sentir a sua presença, receber o seu carinho. Nada é melhor do que isso. Nada naquele momento era melhor do que a harmonia entre eu e você. Só os nossos corações saberiam dizer o que aquele momento representava. Só os nossos corações se comunicavam. E o felizes para sempre? Eu não sei, mas o que posso dizer é que você esta me fazendo feliz cada vez mais. Para que perder tempo cobrando uma eternidade, se durante este tempo eu posso estar com você?
Tudo junto, tudo misturado, tudo que é nosso é moldado por ações involuntárias de nossas almas apaixonadas. O dia estava só começando nossa relação está crescendo e crescendo. E saber que tenho você me deixa tranqüilo para enfrentar a chuva, o sol escaldante ou qualquer outra coisa. Entre o frio na barriga e ansiedade de ver você outra vez me vem na cabeça: eu tenho você. E é isso que me conforta. E é só isso que me conforta. Eu tenho você.

#

Beijos e abraços e até a próxima.