ViniciuS - [blog]: dezembro 2009


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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

-> 2010 chegando...



           2009 chegando ao fim e quantas coisas aconteceram no mundo e comigo. Quantas vezes eu ouvi ‘esse ano será diferente’ e quantas vezes eu não pensei ou falei isto. Foi um ano bacana, um ano que me permitiu conhecer pessoas bacanas e outras nem tanto assim. Foi um ano de muito aprendizado e de muita produção. Um ano sem dúvidas que não esquecerei. Pude realizar algumas coisas que almejava, e aprendi a desistir e repensar em outras, enfim, amadureci mais uma vez. Um ano de surpresas, perdas e ganhos e de reflexão.
           Neste ano pareceu mais visível que os reis também morrem, e que anônimos ainda sofrem. Perdemos a parte física do Michael, mas ele estará sempre em nossos corações, porque ele é eterno e legendário. Artistas como ele nunca morrem. Artistas como ele nunca acabam. Perdemos grandes artistas, grandes pessoas, algumas bem novas, outras com bastante idade, anônimos ou famosos, elas eram e são importantes para muita gente. Ganhamos novos rostos, e para muitos, 2009 foi o começo de tudo.
            Um ano que conheci novas músicas, novos filmes, novos espetáculos. Ingressei em novos universos e senti sentimentos estranhamente conhecidos, alguns bons e outros nem tanto. De qualquer forma, considero a experiência de 2009 muito válida. E espero que em 2010 eu viva e aprenda muito mais.
            Bom, sobre o blog, mudei de servidor recentemente, e este pode ser o último post dele. Ainda não sei se irei continuar com o blog. Vai depender de muitas coisas, de muitos valores e do desenvolver dos fatos em 2010. Caso este seja o meu último post, fico imensamente feliz de ter conhecido pessoas bacanas através deste espaço, tanto aqui quanto no meu antigo blig, fico feliz também pelas pessoas que leram o meu conteúdo, que assinaram meu feed, ou que apenas me visitaram. Recebam o meu muito obrigado e eterna gratidão. Deixo esse post programado, para exatamente às 23:59 de hoje.

# 2010 Chegando...


         O relógio e a posição das estrelas já marcavam o final de mais um ciclo. O dia era 31, uma quinta feira do mês de dezembro. Do alto da montanha ouvi o som dos galhos das árvores, do vento que pude sentir tão morno e tão confortável. Sentei abraçando as minhas pernas e fiquei a observar mais um final de ano. Vi pessoas felizes, atônitas, tristes, confusas, angustiadas, ansiosas, conformadas, indiferentes, mas ao mesmo tempo esperançosas. Fiquei a observar o movimento e as expressões faciais, as conversas, os sussurros e por alguns instantes me perdi neste encanto que é focar no que costumamos ver sem enxergar.

           Havia luzes que enfeitavam a cidade, algumas ainda com o espírito natalino, que juntas configuravam um ambiente aceitável para a recepção de mais um ano e para mais uma era. Imaginei o que seria e o que me espera no próximo ano. Vi nas fachadas das casas pinturas recentes, vi pessoas de branco, talvez com roupas novas, e percebi nelas a vontade de crer que tudo pode ser diferente e especial. Notei que algumas delas estavam fazendo simpatias almejando amor, dinheiro, prosperidades, saúde e, é claro, sorte e paz nesta velha nova jornada.
           A brisa oriunda do mar e a energia das pessoas trouxeram para mim uma estranha sensação de esperança. Ouvir aqueles jingles famosos de final de ano, ver os preparativos dos fogos, as taças, os champagnes prontos para serem abertos ao som do ‘um’, além das pessoas dispostas a trocarem abraços e beijos, a liberarem suas emoções com lágrimas e sorrisos, fortaleceram ainda mais a minha esperança de uma nova era.
            A nova era em que eu espero, sinceramente, que de fato se torne realidade em 2010, que ela deixe de ser utópica, e de ser mais um sonho de um jovem de 20 anos e de uma legião de otimistas que fazem de um tudo para crer que é possível sim, mudar o que parece ser imudável. Uma era onde as pessoas que pedem paz começam a cultivá-la dentro delas mesmas. Uma nova era onde finalmente as crianças estarão nas escolas, não mais nas ruas, não mais no crime, onde estarão voltadas a sonhar e a desenhar um novo mundo que se aproxima a cada piscar de olhos. A era em que a família existe de maneira saudável, não mais com incestos, violência física, psicológica e nenhum tipo de tortura. Não importa de qual maneira esta família se configure, seja grande ou pequena, mas que seja unida, única e acima de tudo feliz.
            A era onde o homem finalmente aprendeu a dar valor ao que a natureza oferece, e que constantemente planeja e ostenta o desenvolvimento sustentável. A era em que o egoísmo e o consumismo ignóbil deu lugar a solidariedade, ao amor e respeito ao próximo. Ora, somos todos humanos, o planeta é de Todos, como pode haver seres com tantos e outros com nada? E como pode haver ainda discursos de que o mundo é de todos, sem efetivamente parecer que é? Se continuarmos a pensar somente no ‘eu’ ‘eu’ ‘eu’, tudo continuará da mesma maneira, e momentos de confraternizações como estes só serão mais um de tantos que aparecem.
           A era em que finalmente amadurecemos a nossa mentalidade. Não usamos mais armas de fogo e nem armas letais. Enfim compreendemos que estamos há mais de mil anos usando muito mais o lado ‘físico’ e ‘selvagem’ do que o lado do raciocínio voltado para os sentimentos e respeito. E que finalmente notamos que não tivemos resultados dignos de orgulho e sem destruição e resolvemos parar. Somos tão inteligentes ao mandar sondas espaciais, ao nos comunicarmos por microchips há distâncias inimagináveis, ao reconstruir partes de nosso corpo, mas ainda somos atrasados quando ainda tentamos resolver os empecilhos à base de derramamento de sangue e da destruição da vida humana e até mesmo a animal, afinal de contas, eles também respiram o mesmo ar que respiramos. Não esqueceremos mais de usar o lado da comunicação, do entendimento e do sentimento de estar no lugar do outro para agir sem pensar, ou pensando muito pouco.
           Nessa nova era finalmente aprendemos o valor das relações humanas. Não mais nos isolaremos em nossas casas por ter medo do próximo, não mais evitaremos os contatos pessoais, e não mais desconheceremos os nossos vizinhos. O amor não é mais problema, não há mais aversão a quem ama e todos podem amar e ser amado sem qualquer tipo de restrição. Não haverá mais pessoas utilizando-se da fé para obter o lucro, não haverá mais pessoas sustentando o individualismo e egoísmo, ditando regras que excluem uma parte desse todo que somos nós, humanidade.
           A era em que a tecnologia avança e que ao invés de isolar e destruir, ela aproxima e conserva. A era em que a solidão e sentimento de não pertencer ao mundo foram enterrados junto com a fobia e o medo do próximo. A era em que finalmente aprendemos a perdoar e a pedir perdão. A era em que nos olhamos nos olhos, apertamos as mãos e nos cumprimentamos porque realmente é de nossa vontade e não mais por ser uma formalidade.  A época do ‘Bom Dia’ e do ‘Boa Noite’ de verdade. A era do amor e do ‘eu te amo’.
           A era do novo, a era dos sonhos se tornando realidade. A era da vida digna. Essa é a era que eu pensei ao ver os primeiros sinais de fogos iluminando o céu. Ali na montanha, no balanço do vento e sentindo a brisa do mar, pensei, refleti, desejei uma coisa. De repente ouvi uma voz, era alguém que me chamando. Este alguém me abraçou e juntos saímos dali e fomos para a praia. Planejando, imaginando e criando novos momentos para 2010.
Finalmente chegou o momento do ‘um’ e do ‘êê feliz ano novo’. As luzes dos fogos preencheram parte do céu, e todos a beira do mar, em suas casas, em festas, clubes e em todos os locais do mundo, deram boas vindas a mais um ano e talvez a um início de uma nova era. Trocamos abraços, bebemos champagne, comemoramos, desejamos, sonhamos e renovamos as nossas esperanças, tudo em um único segundo. A estranheza de que o ontem fez parte de uma outra era, talvez fosse imperceptível.

           Sentado na areia, vi a praia esvaziar, vi os sorrisos partindo junto com as pessoas, vi as luzes pequenas dando lugar a uma luz grande e quente, a luz do sol. Vi os sons artificiais darem lugar ao natural. Vi a cor do mar mudar e vi a lua se afastar. Na beira do mar recebi um abraço, um beijo e ganhei uma promessa: a de ser feliz para todo o sempre. Imediatamente lembrei do que pedi às 00:00 deste novo e importante dia. Pedi para que esta nova era chegue o quanto antes, talvez melhor do que a maneira que imaginei, mas que o mais importante aconteça e que finalmente o “Feliz Ano Novo”, deixe de ser mais um clichê, mais uma frase que repetimos sem cessar e às vezes por osmose. E que passemos a ser felizes e realizados neste novo ano que se aproxima e nesse inicio de mais uma era. A era em que sejamos felizes de verdade.
          Desejo a todos vocês, amigos, visitantes, leitores, colegas de classe, amigos de MSN, fã-clube de Supernatural e todos os meus familiares e pessoas que amo, um excelente 2010, repleto de realizações, paz, saúde, amor e que sejamos muito felizes de verdade e que nosso mundo mude para melhor.


Beijos e abraços, ainda nos veremos.


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Fotos de base para as montagens: Google Imagens.



domingo, 27 de dezembro de 2009

-> Amigos de internet [Ampliado]


Olá amigos ;D

Passado mais uma festa de final de ano, estou aqui postando, resolvi pegar um texto meu que escrevi há mais de um ano e poucos meses. O motivo? Nada em especial, apenas tive vontade de revisar, mudar alguns pontos, adicionar outros. É a constante mudança e o constante amadurecimento. Enfim, espero que gostem dessa nova ‘versão’ deste texto tão presente em nossas vidas virtuais, risos.
Enfim, devo postar antes de terminar o ano. E espero um 2010 muito bom, enfim, mas depois eu falo mais e mais.

# Amigos de Internet

         Quantas vezes vemos aquela janelinha de aprovação ou rejeição quando entramos em algum dos nossos meios de interação e relacionamentos virtuais? Já ali imaginamos e construímos uma imagem daquele ser pronto para entrar na nossa vida. Por vezes fantasiamos, esnobamos, ignoramos e depois de tamanha seleção decidimos se realmente vale a pena aceitar ou rejeitar. Uma escolha que às vezes diz muito mais do que parece...
          Amigos de Internet, em alguns casos, são como estas bandas que surgem do nada. Surgem, estouram e depois desaparecem da mesma maneira como apareceram. Aquele(a) amig(a,o) que você tanto confia, e que você passa a gostar e tê-lo(a) como alguém especial, subliminarmente some sem nem dizer o porquê, ou pior, a amizade vai esfriando, esfriando, até chegar ao ponto em que aqueles dias, meses e anos parecem jamais ter acontecido, e só há dois estranhos separados por bytes. Chega a um ponto também, em que as amizades virtuais parecem ter validade, assumem caráter perecível. Por mais que talvez possa parecer o contrário, mas observe na sua lista, se um estranho não já foi amigo e terminou como estranho novamente.
          São tantos casos e tantos exemplos. Há casos em que você tem a pessoa por um bom tempo na sua lista, e ela até então se comportava como só mais um, e do nada começa uma amizade mais forte e divertida, cujo destino não é possível saber se vai esfriar, acabar ou ‘durar’ para sempre.
          Os relacionamentos da internet - amizade, namoro, ‘coleguismo’ - assim como qualquer outro, são dinâmicos e imprevisíveis. Você pode estar agindo com mais profunda honestidade, e o ser do outro lado só quer ‘usar’ você pra beneficio próprio, ou não tem a mínima consideração por você.
          Evidentemente que isto não está presente somente nos relacionamentos pela internet. Na vida pessoal é a mesma coisa ou até pior. Mas aí existe uma diferença significativa, você conta com um artifício maior: a índole, o olhar e a maneira de como se relacionam e de como as palavras são avivadas. Enfim, você pode desconfiar o quão alguém acha você especial, ou pode ser honesto, mas raramente ou só de poucos você saberá a verdade. O bacana é que a vida em si arrumará isso pra você. Se alguém te faz mal, ela vai te afastar ou avisar de algum jeito e em algum momento, pois este indivíduo vai apresentar provas para tal. Mas chega de olhar este lado das relações, afinal elas já estão tão em declínio no mundo não é verdade?
          Amizades pela internet por muitas vezes se tornam mais fiéis e saudáveis do que uma relação que você tem, por exemplo, com um colega. O então amigo que você não conhece pessoalmente, te ajuda, apóia e muitas vezes não te abandona. Há até amizades que são como um amor fraterno de irmãos. Este amigo tampa uma brecha da solidão. Assim como qualquer relação.
          Sem dúvidas não há coisa melhor na vida do que ter amor próprio, uma amizade verdadeira, uma boa família e um amor correspondido. Quem tem isso na vida com certeza achará tudo mais fácil, pois o resto é só correr atrás que tudo vai tender a dar certo. Portas se abrem e se fecham o tempo inteiro e não há motivos para esperar por uma solução milagrosa entrar subitamente pela porta, e nas amizades, tanto virtuais ou físicas, são a mesma coisa.
          É só pensar um pouco e ser capaz de sentir que amizades virtuais, podem ser diferentes deste velho conceito de perecível. Será mesmo que vale a pena entrar em um relacionamento onde o ‘estranho’ se torna ‘amável’ e que de repente se torna ‘estranho’ novamente? Pra aonde será que vai todo aquele sentimento, toda aquela experiência e todo aquele carinho? Será que são convertidos em bytes e jogados na lixeira, como um arquivo qualquer? E tudo terá de terminar mesmo com a indiferença e o ‘não te conheço mais’? Quem sabe, você é o único dono da lixeira.

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Ouvindo:

1. Back to Black – Amy Winehouse
2. This time – Jonathan Rhys Meyers
3. Una Confusión - Lu
4. Happy – Leona Lewis
5. Halo - Beyoncé
6. Girl in the Mirror – Britney Spears
7. Vienna – Billy Joel
8. Will You Remember Me (Lori's Song) - April Matson
9. Heaven on Earth – Britney Spears
10. One of the brightest stars – James Blunt

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Ps: Este post acabou tendo um outro sentido, acho que vou jogar na loto, quem sabe não acerto? risos
Ps²: "Sometimes I run … Sometimes I'm scared of you, but all I really want is to hold you tight…"
Ps³: Eu sinto falta das coisas invisíveis.

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Beijos e abraços e até a próxima



quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

-> Natal, natal...


# 24/12/2009, Véspera de Natal #




Mais uma noite, mais uma festa. Como sempre falo é uma festa onde os paradoxos se tornam mais visíveis. Eu até gosto da época, gosto do clima, apesar de este ano estar bem desanimado. Mas enfim, passo rapidamente aqui para desejar a todos vocês um excelente Natal, curtam bastante, aproveitem a data, afinal de contas é o dia, para muitos, mais esperado do ano. Mas não esqueçam de olhar mais para as pessoas que estão ao nosso redor. Pensem que elas também têm sonhos, e se possível, ajude para que eles se tornem reais, assim como os seus.

Grandes beijos, e abraços natalinos e até a próxima.

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Ps: Quer uma dica de filme para esse natal? Que tal Mamma Mia! ?
Ps²: Quer ouvir um disco no natal? Escute o ...baby one more time, e o Oops!... I did it again, da Britney.
Ps³: Para quem está triste, se anime, já vai passar.


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Foto: Google Imagens



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domingo, 20 de dezembro de 2009

-> Almejando...


Olá guys!

Como estão? Eu estou bem. E esse fim de ano todo? Bom, confesso que não estou sentindo muito esse clima de fim de ano, mas sei lá, pode ser só eu. risos. Mas enfim, antes de terminar o ano, pretendo postar mais vezes, inclusive devo deixar um post para o Natal. Quem vai viajar nesse finalzinho de ano, desejo uma ótima viagem e felicidades no próximo ano.
Ah, finalmente de ‘pseudo’ férias \o/


# Almejando...

Ele acordara muito cedo, na verdade ele não dormiu direito. Atônito, angustiado e sem qualquer vontade de fazer qualquer coisa, resolveu sair sem destino.
Caminhara pelas ruas por muito tempo almejando encontrar o seu amor. Por um minuto fez viagens que, talvez, nunca viessem a se tornar realidade. Mas pouco importava, ele estava viajando, era direito dele sonhar. Na verdade, ele precisava sonhar. Acho que só o sonho conseguiria aliviar um pouco do que ele estava sentindo.
Correu em direção a uma praça aparentemente parada e sem cor. Ingressou em mais uma viagem.
De volta a praça, viu que atrás de uma árvore havia o seu grande amor. Ficou muito feliz, finalmente encontrara o que procurava por muito tempo. Foi se aproximando inclinando a cabeça e forçando os olhos, até quando notou que o seu amor não estava só, havia uma outra pessoa com quem trocava carinhos. Imediatamente virou o rosto e desviou o olhar. Que triste ele ficou. Porém foi forte naquele momento e não demonstrou a sua tristeza ali, apenas continuou a caminhar. Em casa deitado no sofá chorou e se sentiu muito mal. A sensação era tão pesada que nem ele deu conta de esconder para si mesmo. Ali, deitado, levantou e acordou. Foi apenas um sonho.

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Beijos e abraços e até a próxima.



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

-> Por que quase tudo tem que vir para internet?


Olá amigos!

Tudo bem ai? Aqui está tudo ótimo. Falta bem pouco pro Natal, incrível como o ano passou rápido. Mas esse balanço do que eu almejava para 2009 eu faço depois. O texto a seguir é bem extenso, faz um tempo que eu queria falar sobre isso, e finalmente resolvi escrever. Até mais guys.



# Por que quase tudo tem que vir para internet?


        Talvez porque as redes de relacionamento têm se expandindo e se popularizado cada vez mais, talvez para auto-afirmação ou preenchimento de algum ponto em branco. Mas a questão que levanto é: por que quase tudo tem que vir para internet?
        Desde a difusão da rede até a sua popularização, as pessoas têm postado muito mais - não só texto, mas principalmente fotos e mais recentemente vídeos - não só pelo acesso a rede, mas também pelo grande número de servidores que oferecem serviços distintos e gratuitos. Consequentemente a rede tornou-se uma espécie de ‘praça’, na qual as pessoas se apresentam como querem e transmitem o que supostamente sentem ou desejam.
        Hoje não é tão difícil saber o que um amigo esta fazendo. Se ele possuir conta em redes de relacionamentos, é muito fácil saber informações sobre onde mora, onde estuda, o que fez no final de semana, se esta namorando ou não, e por aí vai. Ora, volta e meia entra alguém com o nick ‘Festa no dia X, na casa do Y, vai ser muito boa’, ou ainda, como o exemplo que sempre dou, Fulano vai ao churrasco e fotografa até o espeto da carne na brasa e o posta na rede. Me questiono sempre, para que tudo isto? Para que ou quem tanta exposição? Não que eu esteja condenando ninguém, e nem que eu seja contra o compartilhamento de alegrias, mas há momentos em que precisamos ter limites sobre o que realmente é interessante por na internet e o que é exposição desnecessária. Até porque, uma vez postado, não há mais controle sobre aquilo, e isto é um perigo, considerando a dualidade dos seres humanos, já que uma vez apoderado destas informações, ele poderá fazer tanto ações positivas, quanto ações negativas ou quem sabe se manter na inércia. A certeza de qual destas ações serão aplicadas são impossíveis de se prever.
        Nas redes virtuais há diversas controvérsias com o mundo ‘real’. Vários paradigmas a serem seguidos, regras invisíveis, porém densas e imperceptíveis dentro dos seus usuários. Por exemplo, na internet parece que é proibido ser ‘feio/a’, ter poucas condições financeiras, ou simplesmente ser diferente. Caso ‘seja’ ou tenha, há vários donos/as de páginas, com o mouse pronto para capturar as imagens e consequentemente posta-las, objetivando o escárnio. Geralmente os indivíduos que estão servindo de escárnio, nem se quer sabem que estão cumprindo esta função. Certo que as fotos escolhidas para escárnio geralmente possuem uma natureza de terem parado na internet por ‘engano’. Mas podemos considerar que muitos destes indivíduos, nem se quer sabem dos perigos da rede tampouco como usar as ferramentas de um determinado serviço.
        Brigas, ‘barracos’ que na vida real, são até consideradas normais, na internet isto vira sinônimo de inferioridade, e, ao contrário do que poucas vezes acontece no mundo ‘real’, há pessoas opinando, rindo, ou incentivando o prolongamento de tal empecilho.
        Os erros ortográficos, podem também entrar nesta linha que segrega o inferior do superior, da mentira e do faz de conta, do real e concreto. Não é pensado, muitas vezes, que o indivíduo ao postar uma ‘casa’ como ‘caza’ não possui instruções devido a sua condição alimentada por outros fatores sociais, e que ao invés de propiciar meios para sua inserção, são vítimas de escárnio. E a auto-estima destas pessoas como será que fica? Será que também é pensado nisto quando se posta e é obtido o riso?
        Há vários itens e normas invisíveis que segregam e classificam as pessoas distintas desta ordem. Não muito diferente do mundo ‘real’, a sexualidade, etnia, classe social, idade, sexo, e muitos outros, servem para segregar pessoas e consequentemente interferir em sua auto-estima. Quantas vezes vemos na página de recados de alguém várias alusões sobre um ou mais itens citados aqui? Mas como tudo vem para internet, tudo isto é motivo para riso. Não precisamos ir para longe para dar exemplos, basta checar quais são os vídeos mais assistidos, e quais as páginas mais populares e acessadas do gênero.
        Parece que foi criada a idéia de que a internet é a terra sem dono ou limites. É tudo livre, e todos os indivíduos podem postar, copiar, o que realmente querem sem responsabilidade. Mas sabemos que não é verdade, na medida em que, ao se apropriar de algo, este, possui forças o suficiente para provocar conseqüências, sejam elas positivas ou negativas. E se a idéia de que tudo vem para internet me incomoda um pouco, é muito sustentado nisto, nesta espécie de 'praça' pública de exposição desnecessária e sem limites, em que uma parcela significativa de ações, podem assumir natureza coerciva devido a ciência de que estas ações simples ou naturais, podem vir para internet com um sentido oposto. Ora, quantas vezes temos que nos esconder de máquinas fotográficas porque simplesmente não queremos sair em uma foto? Não sabemos onde ou quem irá ver, e nem o objetivo. E nem imaginamos o que o indivíduo poderá fazer com uma simples foto do perfil. Mas pouco, geralmente, é levado em consideração e nós, anônimos, em um passe de mágica podemos ocupar o status de celebridade. Só que este, nem sempre é positivo, e nem sempre é prazeroso.
        Tudo que é postado merece uma atenção especial, visto que, o acesso é supostamente livre, e as naturezas das reproduções também, porém a responsabilidade é também do usuário. Penso ainda que seja uma espécie de carência e auto-afirmação esta exposição excessiva, visto que, as pessoas necessitam provar que possuem vida fora dos monitores a qualquer custo, e no momento em que isto falha, parece haver uma punição, que no caso poderia ser a ‘exclusão’ do mundo virtual. E há que se criem limites do que é exposição desnecessária ou do que é um compartilhamento realmente útil. Até porque, como qualquer outra exposição, há sempre a dualidade do lado positivo e negativo.
E você? O que tem postado? Será que realmente precisamos que quase tudo venha parar na internet?


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Beijos e abraços e até a próxima.



sábado, 12 de dezembro de 2009

-> O jogo...


Olá guys!

Como estão? Espero que muito bem. Sabadão no ar, e final de semana também. AHH o verão, eu até que gosto. Única coisa que não gosto mesmo é o calor insuportável e de como as pessoas costumam ficar, cof cof, mas enfim, tenham um ótimo final de semana.

# O jogo...

       Era mais uma manhã de sexta-feira, e os cheiros do dia estavam mais fortes e marcantes. Fazia sol, e as cores estavam bastante vivas. Não havia nuvens no céu, apenas a imensidão do azul tão pálido e instantaneamente tão belo.
       Me aproximei da mesa de cartas, e sem nada a apostar, comecei a jogar com alguém novo, que supostamente aparecera durante os intervalos entre os dias e as noites ou simplesmente em um piscar de olhos.
       Eu não sabia ao certo as regras deste novo jogo, ou talvez velho, e nem sabia se ganharia alguma coisa. Era mais um momento oportuno para tampar o vazio do tédio. Não havia tantas intenções de minha parte, e nem sei se aspirava muita coisa quando comecei a pensar neste jogo que já estava para começar.
        Enfim comecei a jogar. Timidamente e talvez conscientemente, não sei o momento exato em que tudo começou, mas sinto que eu me envolvi a ponto de perder o controle das minhas jogadas e estratégias. Do outro lado da mesa, havia uma expressão tênue e indiferente diante de cada nova carta depositada sob a mesa. O silêncio predominou, ouvia-se apenas o som dos pássaros, do vento balançando as folhas e o barulho da caminhada de outras pessoas.
       O dia foi mudando de cor, e o jogo parecia estar só começando, já havia tantas cartas na mesa, e eu já pensava em parar de jogar. Talvez eu estivesse sendo avisado de que em um jogo o cansaço físico e mental também chega, e é isso, e muitas outras coisas, que propiciam a formação de um perdedor. Do outro lado, a mesma expressão e a mesma indiferença. Chegou um momento em que eu já não queria mais jogar, e que tudo merecia logo um fim. Como não havia apostado nada e como eu estava dentro de um jogo, senti que não poderia subitamente parar. Entretanto pensei que poderia haver uma saída. Então decidir reunir um pouco da força que restava, e me aproveitei do cansaço conquistado, joguei as últimas cartas e levantei daquela mesa, com um ar diferente, não de vencido, nem de cansado tampouco de vencedor, mas sim, de indiferença.
       Não sei se ganhei algo, não sei se perdi, só sinto que deste jogo não saiu vencedores tampouco jogadores ávidos. Talvez só tenha saído perdedores. Já que perdi um tempo me concentrado nas cartas, e deixei o cansaço de cada jogada, interferir em meu desempenho. Mas também ganhei a indiferença, que me impulsionou a sair do jogo. O dia já não era tão pálido e belo como no começo, já havia nuvens no céu, as cores agora almejavam novos tons. Assim como eu, que acabara de entrar em um processo de mudança.

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Ps¹: The Singles Collection, MUITO mal feito, era para comemorar uma década mesmo? Cof cof.
Ps²: Final do ano chegando, que venha as 'féérias' o/

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Beijos e abraços e até a próxima.



domingo, 6 de dezembro de 2009

-> A busca pelo conforto...


Olá amigos!

Obrigado a todos pelas mensagens que recebi. Sabe que eu só realmente me dou conta de que o ano está acabando quando passa o meu aniversário, quando as ruas ficam coloridas de lâmpadas de natal, e é claro quando sinto aquela brisa de férias, que eu deveria ter, risos. Enfim, 2010 quase chegando, e eu realmente não o sinto tão próximo, é estranho, mas enfim, depois eu falo disso...
Parabéns aos aniversariantes da semana, Angel e Britney. Tudo que há de melhor pra vocês.

# A busca pelo conforto...

        Chega o momento em que você deseja entrar nas historinhas de contos infantis, onde tem príncipe e princesa, onde o ar é mais puro e os dias são sempre de sol. Onde o final feliz é sempre presente, onde as lágrimas servem para acordar um amor. Onde um beijo sela tudo, onde um olhar congela o tempo. Onde as esperanças estão presentes o tempo inteiro, e que o mau sempre se dá mal...
Chega uma hora que você percebe que não há príncipe nem princesa, que não há tantos dias de sol e nem sempre se tem finais felizes...
         Vem à nostalgia e a vontade de fazer parte de um passado que nunca lhe pertenceu, o desejo de querer fazer de conta. Ora, fazer de conta às vezes é mais confortável do que encarar a verdade. Assim como encarar a verdade, pode ser melhor do que fazer de conta...
         Se acomodar às vezes é realmente cômodo. Às vezes ficar só observando também. Já que quando você tem a luta, acontece um desgaste. E o produto desta nem sempre compensa o esforço.
         E quando se pensa demais em tudo? E quando se calcula todos os benefícios e malefícios, será que o resultado é realmente concreto e sólido? Será que ele realmente pode ser previsível? Talvez sim, talvez não, depende da fórmula que você usou para resolver esta equação.
         E sonhar? Sonhar é bom, sonhar não paga (ainda, risos), e às vezes também é muito mais cômodo deixar que ele não torne realidade. As coisas costumam funcionar perfeitamente nas nossas cabeças, desde algo muito simples até uma relação. Idealizamos e montamos cenários e atores perfeitos, mas quando esta cena vai ao ar e se torna realidade, nunca é da maneira que imaginamos (quem sabe melhor, quem sabe pior). Às vezes é cômodo sonhar porque é como dormir. Esquecemos problemas, esquecemos de tudo, ficamos mais leves e guiados pela maré do sonho...
          O que seria cômodo de fazer hoje? Fazer de conta? Arriscar? Ir atrás de algo? Quem sabe... Aliás, só você sabe o melhor a fazer. E se você acha que não sabe, não se preocupe, o instinto humano lhe dará sinais. Estamos em busca de conforto o tempo inteiro, e para tal usamos muitos artifícios, desde o fazer de conta, até a busca incansável...
São todas vias a seguir...

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Ps: Férias, please!

Ps²: “I have a dream, a song to sing, to help me cope, with anything...”

Ps³: You and I alone can be dangerous, one kiss your and we have a trouble...

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Beijos e abraços e até a próxima.