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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

-> Por que quase tudo tem que vir para internet?


Olá amigos!

Tudo bem ai? Aqui está tudo ótimo. Falta bem pouco pro Natal, incrível como o ano passou rápido. Mas esse balanço do que eu almejava para 2009 eu faço depois. O texto a seguir é bem extenso, faz um tempo que eu queria falar sobre isso, e finalmente resolvi escrever. Até mais guys.



# Por que quase tudo tem que vir para internet?


        Talvez porque as redes de relacionamento têm se expandindo e se popularizado cada vez mais, talvez para auto-afirmação ou preenchimento de algum ponto em branco. Mas a questão que levanto é: por que quase tudo tem que vir para internet?
        Desde a difusão da rede até a sua popularização, as pessoas têm postado muito mais - não só texto, mas principalmente fotos e mais recentemente vídeos - não só pelo acesso a rede, mas também pelo grande número de servidores que oferecem serviços distintos e gratuitos. Consequentemente a rede tornou-se uma espécie de ‘praça’, na qual as pessoas se apresentam como querem e transmitem o que supostamente sentem ou desejam.
        Hoje não é tão difícil saber o que um amigo esta fazendo. Se ele possuir conta em redes de relacionamentos, é muito fácil saber informações sobre onde mora, onde estuda, o que fez no final de semana, se esta namorando ou não, e por aí vai. Ora, volta e meia entra alguém com o nick ‘Festa no dia X, na casa do Y, vai ser muito boa’, ou ainda, como o exemplo que sempre dou, Fulano vai ao churrasco e fotografa até o espeto da carne na brasa e o posta na rede. Me questiono sempre, para que tudo isto? Para que ou quem tanta exposição? Não que eu esteja condenando ninguém, e nem que eu seja contra o compartilhamento de alegrias, mas há momentos em que precisamos ter limites sobre o que realmente é interessante por na internet e o que é exposição desnecessária. Até porque, uma vez postado, não há mais controle sobre aquilo, e isto é um perigo, considerando a dualidade dos seres humanos, já que uma vez apoderado destas informações, ele poderá fazer tanto ações positivas, quanto ações negativas ou quem sabe se manter na inércia. A certeza de qual destas ações serão aplicadas são impossíveis de se prever.
        Nas redes virtuais há diversas controvérsias com o mundo ‘real’. Vários paradigmas a serem seguidos, regras invisíveis, porém densas e imperceptíveis dentro dos seus usuários. Por exemplo, na internet parece que é proibido ser ‘feio/a’, ter poucas condições financeiras, ou simplesmente ser diferente. Caso ‘seja’ ou tenha, há vários donos/as de páginas, com o mouse pronto para capturar as imagens e consequentemente posta-las, objetivando o escárnio. Geralmente os indivíduos que estão servindo de escárnio, nem se quer sabem que estão cumprindo esta função. Certo que as fotos escolhidas para escárnio geralmente possuem uma natureza de terem parado na internet por ‘engano’. Mas podemos considerar que muitos destes indivíduos, nem se quer sabem dos perigos da rede tampouco como usar as ferramentas de um determinado serviço.
        Brigas, ‘barracos’ que na vida real, são até consideradas normais, na internet isto vira sinônimo de inferioridade, e, ao contrário do que poucas vezes acontece no mundo ‘real’, há pessoas opinando, rindo, ou incentivando o prolongamento de tal empecilho.
        Os erros ortográficos, podem também entrar nesta linha que segrega o inferior do superior, da mentira e do faz de conta, do real e concreto. Não é pensado, muitas vezes, que o indivíduo ao postar uma ‘casa’ como ‘caza’ não possui instruções devido a sua condição alimentada por outros fatores sociais, e que ao invés de propiciar meios para sua inserção, são vítimas de escárnio. E a auto-estima destas pessoas como será que fica? Será que também é pensado nisto quando se posta e é obtido o riso?
        Há vários itens e normas invisíveis que segregam e classificam as pessoas distintas desta ordem. Não muito diferente do mundo ‘real’, a sexualidade, etnia, classe social, idade, sexo, e muitos outros, servem para segregar pessoas e consequentemente interferir em sua auto-estima. Quantas vezes vemos na página de recados de alguém várias alusões sobre um ou mais itens citados aqui? Mas como tudo vem para internet, tudo isto é motivo para riso. Não precisamos ir para longe para dar exemplos, basta checar quais são os vídeos mais assistidos, e quais as páginas mais populares e acessadas do gênero.
        Parece que foi criada a idéia de que a internet é a terra sem dono ou limites. É tudo livre, e todos os indivíduos podem postar, copiar, o que realmente querem sem responsabilidade. Mas sabemos que não é verdade, na medida em que, ao se apropriar de algo, este, possui forças o suficiente para provocar conseqüências, sejam elas positivas ou negativas. E se a idéia de que tudo vem para internet me incomoda um pouco, é muito sustentado nisto, nesta espécie de 'praça' pública de exposição desnecessária e sem limites, em que uma parcela significativa de ações, podem assumir natureza coerciva devido a ciência de que estas ações simples ou naturais, podem vir para internet com um sentido oposto. Ora, quantas vezes temos que nos esconder de máquinas fotográficas porque simplesmente não queremos sair em uma foto? Não sabemos onde ou quem irá ver, e nem o objetivo. E nem imaginamos o que o indivíduo poderá fazer com uma simples foto do perfil. Mas pouco, geralmente, é levado em consideração e nós, anônimos, em um passe de mágica podemos ocupar o status de celebridade. Só que este, nem sempre é positivo, e nem sempre é prazeroso.
        Tudo que é postado merece uma atenção especial, visto que, o acesso é supostamente livre, e as naturezas das reproduções também, porém a responsabilidade é também do usuário. Penso ainda que seja uma espécie de carência e auto-afirmação esta exposição excessiva, visto que, as pessoas necessitam provar que possuem vida fora dos monitores a qualquer custo, e no momento em que isto falha, parece haver uma punição, que no caso poderia ser a ‘exclusão’ do mundo virtual. E há que se criem limites do que é exposição desnecessária ou do que é um compartilhamento realmente útil. Até porque, como qualquer outra exposição, há sempre a dualidade do lado positivo e negativo.
E você? O que tem postado? Será que realmente precisamos que quase tudo venha parar na internet?


#

Beijos e abraços e até a próxima.



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